Nos ultimos quatro meses, um posto de combustível da área de serviço de Antuã, na A1, em Estarreja, foi vítima de 29 condutores que abasteceram e não pagaram. Para o líder da ANAREC, o fénomeno já é um flagelo nacional.
As 29 queixas foram agora apresentadas de uma assentada na GNR, pelo responsável da Repsol na área de serviço do Antuã, que contabilizou o total dos prejuízos em cerca de mil euros. As situações reportadas pela gasolineira dizem respeito a abastecimentos cujo valor oscila entre os 15 e os 115 euros
"Para não estar a apresentar queixa sempre que acontece um caso, eles agora juntam uma série delas", explicou uma fonte da GNR. Por outro lado, prossegue, "enquanto antes não era apresentada queixa quando o montante dos abastecimentos era inferir a 25 euros, agora apresentam queixa de tudo", explica a mesma fonte da GNR.
Para o presidente da Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (ANAREC), Virgílio Constantino, o caso da área de serviço do Antuã é uma mero exemplo do "flagelo" com que aqueles profissionais vivem.
"É uma praga que se acentua mais na Primavera e no Verão, quando há um maior tráfego", acrescentou. Apesar de não existir um levantamento do número de casos, o responsável pensa que "não há nenhum posto de combustível espalhado pelo país que não tenha tido já uma situação destas". "Eu próprio tenho ali um saco de plástico com 70 ou 80 casos desses", lembrou Virgílio Constantino.
As maiores vítimas do fenómeno, segundo o presidente da ANAREC, são os postos de combustíveis das áreas de serviço. "Oitenta por cento dos casos são viaturas que usam matrículas falsas, uma vezes carros roubados, outras vezes adquiridos em standes e depois alteradas para o efeito", afirma.
Para Constantino, não pagar um abastecimento de dez ou 20 euros "implica vender milhares de litros para se recuperar o que se perdeu". "É uma situação desgastante e que perturba", adiantou, frisando que há "um esforço crescente das forças de segurança para pôr cobro a estas situações,". "O Ministério da Administração Interna conhece as preocupações da ANAREC e temos reunidos várias vezes com o secretário de Estado José Magalhães. "As matrículas com chips poderiam ser uma solução, mas tem havido muitas resistências", esclarece.
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