Luís Ribeiro, o jovem de Barcelos que luta há meses contra a ex-namorada pela posse de um prémio de 15 milhões no Euromilhões, acusa o banco onde o dinheiro está congelado de se ter esquecido de cem mil euros.
Segue a polémica do ex-casal que disputa a posse de 15 milhões de euros de um primeiro prémio do Euromilhões, obtido em 2007.
Luís Ribeiro e o advogado apresentaram na sexta-feira um requerimento no Tribunal de Barcelos a indagar o porquê de o pacote de cem mil euros da Protecção de Poupança Investimento da ex-namorada, Cristina Simões, não ter sido congelado, ao contrário do que aconteceu com todas as contas em que foi depositada a verba milionária até haver decisão judicial.
O advogado Vasco Leal Cardoso diz que a Caixa de Crédito Agrícola (CCA) tem responsabilidade por não ter sinalizado a situação em 2008. "Foram congeladas todas as aplicações financeiras e as contas intra e interbancárias ligadas ao prémio. O pacote em questão é da companhia de seguros da CCA, a cinco anos, e feito com dinheiro do prémio antes de haver congelamento. Logo, estaremos perante um crime se Cristina mexeu, conscientemente ou não, em parte ou na totalidade da verba".
Tentou-se contactar o advogado de Cristina, mas Manuel Moreira dos Santos estava ausente e ninguém quis prestar esclarecimentos. O requerimento deu entrada como urgente, daí poder haver resposta durante as férias judiciais.
A defesa de Luís Ribeiro diz que só detectou os cem mil euros "a descoberto" no fim de Junho, quando finalmente teve acesso às contas do prémio, tuteladas por Luís, Cristina e os pais desta. O jovem também fez um pacote Protecção de Poupança Investimento, mas com cinco mil euros que lhe pertenciam, realçou Vasco Leal Cardoso.
No dia 20 de Novembro tem lugar a acção principal para aferir de quem são os 15 milhões. No boletim premiado de 19 de Janeiro de 2007, Luís apostou quatro euros e Cristina dois euros. Esta alega que a chave da sorte estava na sua parte, mas terá que o provar, tal como explicar se os números indicados não foram partilhados com Luís nem alvo de aposta comum. Do seu lado, o jovem argumenta que a aposta insere-se no perfil de uma sociedade irregular, devendo o ganho ser proporcional ao investimento. Mas Luís não pede dois terços da fortuna. Só metade. "Há coisas mais importantes do que a lei".
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