Uma mãe norte-americana, Lori Drew, de 50 anos, acusada de ter atormentado uma colega da filha via Internet, levando ao suicídio da jovem, vai poder voltar a aceder à rede.
De acordo com o advogado de Lori, a nova decisão judicial surge porque esta passou a ter um emprego que exige o uso de computador e o acesso à Net.
A norte-americana criou, na rede social My Space, uma conta falsa em nome de Josh Evans, "rapaz de 16 anos" que estabeleceu uma ligação afectiva virtual com Megan Meier, uma adolescente depressiva de 13 anos.
A atitude de Lori Drew, do Missouri, terá sido um acto de vingança por Megan Meier ter terminado a relação de amizade com a sua filha Sarah.
Após várias semanas de contactos, "Josh Evans" cortou relações com Megan, dizendo-lhe coisas como "o mundo seria um lugar melhor sem ti", o que causou o desespero da adolescente, que se enforcou no quarto.
O ano passado, Lori Drew foi acusada de "ciberbulling", ou seja, de intimidação ou coacção virtual, em moldes de associação criminosa (pois agia em parceria com uma empregada e com a própria filha) e por ter criado uma conta falsa no My Space, na sequência da qual acedeu aos dados da jovem que se suicidou.
Drew foi considerada culpada por ter violado os termos de utilização do My Space, que proibem a criação de uma conta falsa, mas foi ilibada do crime de associação criminosa.
A defesa alegou que considerava estranha a aplicação, neste caso, da lei contra o crime informático e o próprio juiz, George Wu, reconheceu que milhares de pessoas podiam ser acusadas de incumprimento dos termos de uso das redes sociais e de outros espaços, pelo que aplicar a justiça apenas a uma delas não faria sentido.
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