Uma imagem aérea das cheias que afectaram a costa atlântica entre La Rochelle and L'Aiguillon-sur-Mer, no Oeste de França |
As equipas de socorro continuaram na terça-feira, pelo terceiro dia, a procurar vítimas da tempestade Xynthia, que no domingo provocou 51 mortos e oito desaparecidos no sudoeste de França e desencadeou um debate sobre o ordenamento do litoral.
Os ministros franceses da Economia, do Orçamento e do Interior assinaram na segunda feira um decreto que coloca sob o estatuto de catástrofe natural os quatro departamentos mais afectados pela tempestade: Charente-Maritime, Vendée, Deux-Sèvres e Vienne.
O município de Vendée, em Aiguillon-sur-Mer, Vendée, foi o mais atingido, com 25 mortos provocados pela rotura de um dique de protecção na orla marítima. Doze pessoas morreram no departamento de Charente-Maritime, o segundo mais tocado pelo desastre.
O "balanço horrível" de um desastre considerado "uma catástrofe nacional" pelo Presidente da República francês, Nicolas Sarkozy, desencadeou um debate sobre as regras de construção no litoral e sobre as condições dos diques na orla marítima e no resto do país.
"Não podemos transigir com a segurança", avisou Nicolas Sarkozy numa primeira visita, na segunda feira, às zonas mais sinistradas em torno da cidade de La Rochelle. O Presidente anunciou a abertura de um inquérito sobre as consequências da tempestade que "terá respostas dentro de 10 dias".
Em paralelo com os esforços para encontrar vítimas, equipas técnicas prosseguem hoje a recuperação da rede eléctrica de abastecimento a cerca de meio milhão de clientes da companhia EDF.
A tempestade Xynthia atingiu também fortemente a cultura de ostras, uma das principais actividades do litoral sudoeste de França. A pesca nos estuários da região continua suspensa, por receios de contaminação bacteriológica ligada a águas residuais.
Jornal de Noticias
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