O governo chileno actualizou o número de vítimas do sismo que atingiu o país este sábado, indicando que mais de 300 pessoas morreram. A televisão chilena TVN (veja a emissão) indica que esta é uma contagem ainda em aberto. Há ainda pelo menos 15 desaparecidos, dois milhões de pessoas afectadas de alguma forma pelo abalo e um milhão e meio de edifícios sofreram danos.
O tsunami desencadeado pelo abalo de magnitude 8.8 na escala de Richter também se revelou destruidor. A cidade costeira chilena de Talcahuano foi varrida por ondas gigantes. Imagens difundidas pela Internet, através das redes sociais como o Twitter , ilustram de forma eloquente a violência das águas, que atiraram com barcos e contentores para longe do mar. A televisão nacional chilena indica que embarcações chegaram a uma praça do centro da cidade. As escassas informações ainda não permitiram apurar com exactidão o número de vítimas, mas teme-se o pior.
Também a ilha de Robinson Crusoé, no arquipélago chileno de Juan Fernández, foi atingida pelo tsunami, logo após o sismo. As autoridades locais dão conta de pelo menos quatro mortos e 13 desaparecidos.
O alerta emitido pelo Centro de Avisos de Tsunamis do Pacífico colocou uma extensa área num raio de vários milhares de quilómetros de olhos no oceano. Quinze horas depois do sismo, ondas de tsunami de pouca intensidade chegaram ao Havai e à Nova Zelândia e à Austrália, sem provocar danos ou vítimas. Antes tinham tocado também a Polinésia Francesa .
As ondas gigantes chegaram também ao Japão, onde 56 mil pessoas tinham sido retiradas para locais mais seguros. Apesar dos receios, não há indicação de que as vagas, que chegaram aos 90 centímetros, tenham causado vítimas.
Estado de catástrofe em seis regiões
A presidente chilena, Michelle Bachelet, declarou estado de catástrofe em seis regiões. Numa declaração feia ao país explicou que esta medida permitirá desbloquear toda a ajuda necessária para fazer aquele que é o sismo mais violento sentido no Chile desde o de 1960 - o mais forte registado pelos sismógrafos na história, com uma magnitude de 9.5 na escala de Richter.
O epicentro do sismo deste sábado localizou-se a 35 quilómetros de profundidade, a uma distância de 325 quilómetros a sudoeste da capital chilena, Santiago do Chile, onde também há registo de danos. O aeroporto foi encerrado pelo menos durante 24 horas, de acordo com o director do aeroporto, Eduardo del Canto.
A zona mais afectada pelo sismo é, contudo, a de Concepción, a segunda maior cidade chilena (670 mil habitante), que fica a 115 quilómetros do epicentro. A televisão chilena tem exibido imagens de edifícios destruídos e em chamas, assim como pessoas feridas deitadas nas ruas. Um edifício de 15 andares ruiu. Há estradas e pontes destruídas, assim como cortes na rede eléctrica, de abastecimento de água e nas comunicaçõesTVi 24
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