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sexta-feira, 5 de março de 2010

Dívidas acumuladas ditaram pedido de insolvência

A Tipografia Guerra fechou, no Parque Industrial de Coimbrões, em Viseu, lançando mais de 40 pessoas para o desemprego. Chegou ao fim uma gráfica prestigiada com 119 anos de existência. Era a empresa preferida por muitas editoras de norte a sul do país.

A política de gestão posta em prática nos últimos anos, é uma das razões apontadas por ex-trabalhadores da Tipografia Guerra, em Viseu, para o encerramento de uma gráfica com 119 anos de laboração ininterrupta. Mas, do outro lado, fonte próxima da administração garante que tudo foi feito, "com custos pessoais incalculáveis", para a salvar.

Os problemas ganharam visibilidade a partir do momento em que os pagamentos das remunerações passaram a ser feitos, nos últimos meses, de forma parcelar. Situação que fez temer o pior. E o pior aconteceu, a 2 de Fevereiro, com o encerramento da Tipografia Guerra no Parque Industrial de Coimbrões, onde laborava desde 1998, depois de se ter transferido da avenida Alberto Sampaio.

A administração terá invocado a crise livreira, para justificar as dívidas acumuladas, sobretudo à Banca, e avançou com o pedido de insolvência. Alguns trabalhadores discordam: "Em 2009 imprimiu-se um milhão de livros. Nunca faltou trabalho na casa".

Os mais de 40 funcionários foram aconselhados a recorrer ao subsídio de desemprego. Por pagar ficaram, entre outras remunerações como os subsídios de Natal e de férias, os salários dos meses de Janeiro e de Fevereiro.

"Já estamos a receber o subsídio de desemprego. Agora esperamos receber do fundo de solidariedade social o dinheiro que a empresa ficou a dever-nos", disse um dos antigos trabalhadores, que não quis identificar-se.

A Tipografia Guerra foi fundada em 1891, em Gouveia, por Vasco de Almeida Guerra. Na década de 40, após ter passado por outros locais, fixou-se em Viseu. Trabalhou com algumas das maiores editoras e deixou a sua marca, entre outras, em obras como "O Código de Da Vinci", com mais de 200 mil exemplares. "Era uma das maiores empregadores de cidadãos com deficiência", diz uma fonte. O JN tentou, sem sucesso, chegar à fala com os sócios.

Jornal de Noticias

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