Um homem de 61 anos morreu ontem, vítima de uma explosão na garagem de uma habitação situada na Quinta da Areeira, no Fundão. Ao que tudo indica, terá sido a própria vítima, José Incenso Diogo, que provocou, acidentalmente, a explosão enquanto realizava trabalhos de soldadura mecânica. José Diogo, ex-soldador mecânico, estaria a utilizar dois gases (oxigénio e acetileno) que terão sido misturados incorrectamente, provocando assim a explosão que destruiu totalmente a garagem, atingindo ainda o andar superior e até casas que ficam a mais de 30 metros.
A explosão, ocorrida por volta das 13.15, foi de tal forma violenta que foi ouvida a vários quilómetros. Os vizinhos assumem mesmo que o som foi "medonho" e "assustador". Nem no Ultramar ouvi um som destes", sublinha João Roxo, que vive na casa em frente, a cerca de 30 metros, onde também eram visíveis vários estilhaços provocados pela explosão, que levou toda a gente para a rua, nomeadamente a mulher da vítima, que se encontrava no primeiro andar da habitação.
"Ela só teve reacção de sair para a varanda e gritar por ajuda. Foi quando lhe pedimos para fugir dali depressa porque havia coisas a arder. Além disso ouvimos outras pequenas explosões (devia ser alguma pólvora que ele guardava) e tivemos receio do que poderia acontecer", contou ao DN José Dias, que telefonou aos bombeiros. Os Voluntários do Fundão chegaram em poucos minutos, mas além de porem fim ao fogo que deflagrou na sequência da explosão, já nada puderam fazer para salvar a vítima.
No local estiveram a Protecção Civil Municipal e uma equipa de psicólogos da câmara, que prestou apoio à esposa e a familiares da vítima, em estado de choque. Estiveram ainda peritos da PJ e da GNR, que, "numa primeira abordagem", afastaram as suspeitas de crime. "Foi algo que correu mal", disse ao DN fonte policial.
Diário de Noticias
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