As áreas da educação, saúde e autarquias locais são as mais afectadas pela greve geral de trabalhadores da função pública, segundo Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública.
Alunos ficaram à porta na Secundária do Restelo, em Lisboa |
"Há centenas de escolas fechadas em todo o país. A adesão à greve em muitas câmaras corresponde a 100 por cento", disse a responsável junto à escola secundária do Restelo, uma das várias escolas de Lisboa que se encontram encerradas.
Ana Avoila adiantou que também a área da saúde foi afectada, nomeadamente os hospitais de S. José, com uma adesão de 90 por cento, e de Santa Maria, com uma adesão de 75 por cento.
"O Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) [um dos centros que orienta a emergência médica do Instituto Nacional de Emergência Médica - INEM] de Lisboa, teve uma adesão de 82 por cento. Também os departamentos da segurança social do Saldanha e da Avenida dos Estados Unidos da América estão encerrados", adiantou.
Questionada sobre os incidentes ocorridos de madrugada no hospital de S. José, Ana Avoila disse que o "Governo tem de clarificar esta situação. Foi muito grave. Os trabalhadores vão continuar a lutar contra estas políticas".
Os piquetes de greve nos hospitais de S. José e de S. Francisco Xavier, em Lisboa, tiveram alguns entraves para entrar nos dois hospitais, de acordo com a Frente Comum.
A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP), a Frente Sindical da Administração Pública (UGT) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado marcaram esta greve contra o congelamento salarial, o agravamento das penalizações das reformas antecipadas, questões relacionadas com as carreiras e com o sistema de avaliação.
Os sindicatos suspenderam a paralisação na região autónoma da Madeira para facilitar os esforços que estão a ser feitos para que a vida na ilha volte à normalidade, após o temporal de 20 de Fevereiro.
A última greve convocada pelas três estruturas sindicais realizou-se a 30 de Novembro de 2007 contra a imposição de um aumento salarial de 2,1 por cento.
Jornal de Noticias
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