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quarta-feira, 10 de março de 2010

Prejuízos podiam pagar uma terceira ponte sobre o Tejo...

Prejuízos podiam pagar uma terceira ponte sobre o Tejo

A avaliação provisória dos prejuízos causados pelo mau tempo, baseada na recolha de diversas entidades públicas, ascende a mais de 1,5 mil milhões de euros, o que quase pagaria a terceira ponte sobre o Tejo.

Segundo contas da agência Lusa, os prejuízos provocados pelo mau tempo, já declarados por diversas entidades, ascendem pelo menos a 1 502,4 milhões de euros.

Esta verba dava quase para pagar a terceira ponte sobre o Tejo, com um custo estimado de 1,7 mil milhões de euros, 600 milhões dos quais destinados à ferrovia de Alta Velocidade.

Também pagaria a parte portuguesa na ligação em alta velocidade entre o Porto e Vigo (orçada em 1,4 mil milhões de euros) e cobriria o total de 1,4 milhões de euros exigidos na cimeira do Ambiente de Copenhaga pelos países menos desenvolvidos para se adaptarem às alterações climáticas.

As consequências do mau tempo e, todo o país são particularmente visíveis no sector agrícola, mas também na área florestal, sector agropecuário, equipamentos municipais, rede viária, infraestruturas da EDP, telecomunicações e rede de gás canalizado, empresas, principalmente na indústria hoteleira, e habitações privadas.

Só na Madeira, o temporal de 20 de fevereiro terá causado prejuízos na ordem de 1,4 mil milhões de euros, segundo estimativas do governo regional.

Na região Oeste, pelo menos 63 milhões de euros de prejuízo é a estimativa de sete autarquias (Torres Vedras, Alenquer, Azambuja, Cadaval, Lourinhã, Mafra e Sobral de Monte Agraço) após os estragos de um mini ciclone na antevéspera de Natal.

No mesmo dia, na zona de Leiria, o mau tempo causou prejuízos de 2,4 milhões de euros, sobretudo nos concelhos de Peniche e Óbidos, segundo a relação de danos enviada pelas autarquias ao governo.

No grande Porto, os prejuízos foram avaliados em cerca de 3,7 milhões de euros, principalmente na zona de Gondomar, onde as chuvas fortes causaram perdas de 3,5 milhões de euros, de acordo com os "primeiros e muito provisórios" cálculos da autarquia.

No Algarve os danos pelo mau tempo de dezembro estão calculados em 15 milhões de euros só na produção de citrinos e nos Açores, os estragos pelo mau tempo em meados de dezembro e intempéries em fevereiro estão avaliados noutros 15 milhões de euros.

No Alentejo, foram afetados vários concelhos, com destaque para Ourique, onde os prejuízos estão contabilizados em "quase um milhão de euros", de acordo com o presidente da autarquia.

Na semana passada, os agricultores do Baixo Mondego entregaram ao ministro da Agricultura um relatório de prejuízos pelo mau tempo na ordem dos 2,3 milhões de euros em explorações agrícolas.

A estes juntam-se ainda custos privados, perda de postos de trabalho e outros danos ainda não quantificados.

De fora ficaram, por exemplo, os prejuízos "de milhares de euros" de um mini tornado na madrugada de 22 de fevereiro em duas freguesias de Aveiro e danos não quantificados sobre os estragos provocados por um mini tornado na Praia do Vau, Portimão, (24 de fevereiro) que causou estragos em três restaurantes e vários edifícios.

Diário de Noticias

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