O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF)
e a Polícia Espanhola desenvolveram mega operação em simultâneo, efectuando 25 detenções. Em Portugal, as acções ocorreram em Viseu, Guarda e Castelo Branco. Em Mangualde, as autoridades encerraram um estabelecimento de diversão nocturna
António Manuel Rodrigues
Uma associação criminosa, altamente organizada e perigosa, dedicada ao tráfico de pessoas, ficou ontem mais fragilizada após uma “musculada” acção de agentes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) em coordenação com as autoridades espanholas. As diligências prosseguem mas há já a registar, no inquérito aberto pela Ministério Público de Castelo Branco, a detenção de sete pessoas em Portugal (e mais 18 em Espanha) e a recolha de provas no cumprimento de 19 mandados judiciais.
Denominada “Luso-Espanhola”, a operação decorreu em simultâneo na região Centro - com incidência nos distritos de Viseu, Guarda e Castelo Branco - e em Espanha, tendo começado ao início da noite de sexta-feira e terminado ontem, já a meio da manhã.
No lado luso, 35 operacionais do SEF tiveram por missão cumprir quatro mandados de busca domiciliária, três de busca em estabelecimento comercial, 10 de busca e apreensão de viaturas e dois de detenção de suspeitos, no âmbito de uma investigação a crimes de tráfico de pessoas, auxílio à imigração ilegal, lenocínio e associação criminosa.
Das acções no terreno, adiantou fonte do SEF, resultaram as detenções de dois cidadãos portugueses, e ainda de cinco cidadãs estrangeiras, que serão repatriadas. Duas outras ficaram notificadas para abandonarem voluntariamente o país.
Foram, também, constituídos dois arguidos, identificadas testemunhas para a investigação e apreendidos documentos que se podem revelar «prova relevante» para o inquérito em curso. Nomeadamente por conterem comprovativos de pagamentos e transferências de avultadas quantias, indiciadores do “negócio” criminoso, liderado maioritariamente por portugueses.
Durante as diligências, os elementos do SEF apreenderam três viaturas de alta cilindrada, procederam ao “encerramento e selagem” de um estabelecimento de diversão nocturna em Mangualde, Viseu, e levantaram 10 autos de contra-ordenação (cujo valor mínimo ultrapassa os 23 mil euros), às entidades angariadoras e empregadoras de cidadãs estrangeiras em situação irregular no país.
“Estamos a falar de uma rede altamente organizada e perigosa”, caracterizou, em declarações ao DC, Gonçalo Rodrigues, subdirector da Direcção Regional do Centro do SEF (sediada em Coimbra), ao situar a actuação ilegal na faixa Centro do país e em área semelhante na vizinha Espanha.
Para o inspector, estes resultados só foram possíveis graças à “estreita cooperação” policial e judicial com as autoridades espanholas, uma colaboração que “tem sido fortalecida na luta contra a criminalidade violenta, criminalidade transfronteiriça, tráfico de seres humanos e imigração ilegal”.
Em território espanhol, onde as diligências mobilizaram 60 operacionais do Corpo Nacional de Polícia, foram detidas 18 pessoas.
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