Quatro homens foram na sexta-feira, surpreendidos pelos proprietários de um prédio, em Viseu, quando perfuravam uma parede para assaltar uma ourivesaria. Cercados por polícias, fugiram pelos telhados. Um caiu de uma altura de 12 metros e foi parar ao hospital.
Saiu tudo furado aos quatro homens, de nacionalidade romena, que, na madrugada de ontem, passaram várias horas a abrir um buraco na parede interior de um prédio, no centro de Viseu, com o fito de roubarem uma ourivesaria. Além de não conseguirem furtar nada, ainda tiveram de correr e saltar por quintais e telhados, num verdadeiro jogo do gato e do rato, para fugirem à polícia que os cercou.
No rescaldo, sobraram dois fugitivos - que estão ainda a monte - um suspeito preso e outro hospitalizado. "Caiu de uma altura de 12 metros e partiu a perna direita. Está internado no Hospital de S. Teotónio sob vigilância policial", relatou António Moita, subcomissário da PSP de Viseu.
Não se sabe ao certo a que horas os assaltantes iniciaram a operação que os levaria ao interior da Ourivesaria Aparício, na avenida Alberto Sampaio, no centro da cidade de Viseu.
"À uma e meia da madrugada ouvi barulhos estranhos no prédio e avisei o meu marido. Ele desvalorizou, dizendo que deviam ser pombos, mas ainda quis levantar-se para ir ver o que se passava. Aconselhei-o a não o fazer", relata a proprietária do imóvel, de dois andares, em cujo rés-do-chão está localizada a ourivesaria.
À terceira pode ser de vez
Por volta da quatro horas, além dos mesmos ruídos, a locatária ouviu "cochichar" e não teve dúvidas de que andavam estranhos dentro de casa. "Liguei para a PSP de Viseu, que se pôs cá num instante, e quando os ladrões deram conta dos nossos movimentos começaram a fugir pelos telhados. Mas já estava tudo cercado".
"Dois suspeitos foram interceptados, um por ter caído de um muro e outro ainda no telhado, enquanto os restantes escaparam", refere o comandante da PSP de Viseu, intendente Serafim Tavares. O proprietário da ourivesaria, Emílio Aparício, mostra-se satisfeito por ter escapado à segunda tentativa de assalto ao estabelecimento aberto há 24 anos. "Espero que à terceira, se a houver, não seja de vez", disse ao JN. O empresário lamenta o aumento da criminalidade sobre ourives. "É por isso que há muitos a fechar".Jornal de Noticias
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