Os 15 suspeitos de pertencerem a uma rede "altamente perigosa", ligada a uma empresa de segurança que se dedicava a extorsões e cobranças difíceis na noite da Margem Sul do Tejo, tinham como objectivo impor os seus serviços também na noite de Lisboa.
Ao que o JN apurou, os alegados elementos da "máfia" da Costa de Caparica, na sua maioria cidadãos brasileiros, pretendiam assumir a segurança de vários estabelecimentos de diversão nocturna, outrora sob a alçada de Alfredo Morais.
Desde a prisão do líder e de outros elementos da apelidada "máfia da noite de Lisboa" que o grupo alegadamente liderado pelo ex-PSP teria deixado um vazio na segurança dos estabelecimentos de diversão nocturna da cidade.
Dessa forma, o grupo da margem Sul estaria interessado em assumir esse controlo da segurança privada e, dessa forma, continuarem a realizar extorsões e cobranças difíceis.
O grupo, considerado "altamente violento", não hesitava em utilizar a violência - muitos deles peritos em artes marciais - nas suas investidas a outros grupos de segurança ilegal que estavam a emergir na capital.
Exemplo disso, foi o facto de recentemente o grupo ter atacado a discoteca "W", em Alcântara, e o "Budha Bar", na Doca de Santo Amaro, tendo deixado elevados estragos naqueles locais, de forma a imporem os seus serviços de segurança.
Estes elementos pertenciam, alegadamente, à empresa de segurança "Olho Vivo", sediada em Setúbal e a qual prestava serviços de segurança em estabelecimentos de diversão nocturna na cidade sadina, na Costa de Caparica, Montijo e Corroios. O dono da referida empresa foi detido na operação da PSP, GNR e SEF, mas já no ano passado a Polícia Judiciária de Setúbal havia, no decorrer de uma investigação, apreendido na casa do líder a empresa de segurança, diversas armas de fogo.
Os 15 detidos começaram ontem a ser ouvidos no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa. As inquirições decorreram ao longo de todo o dia e deverão prosseguir durante o dia de hoje. Estão indiciados por associação criminosa, ofensas à integridade física qualificada, extorsão e homicídio .
Jornal de Noticias
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