o ainda director do Museu Grão Vasco (MGV),
apresentou a programação
deste espaço cultural para 2010 e ainda uma parte
de 2011. Mais uma vez,
foi possível observar
a necessidade do
estabelecimento de
parcerias com entidades públicas e privadas, sem esquecer o 'Grupo de Amigos do Museu
"Que isto não fique pelo 'power point' foi o desejo de António Pimentel, ainda director do Museu Grão Vasco, referindo-se à programação do MGV, por si 'desenhada' para este ano, no qual se faz apelo às parcerias e ao empreendedorismo da cidade. Como testemunha, lá estava o olhar de S. Pedro - fantástico quadro de Grão Vasco - projectado.
António Pimentel, que no dia 1 de Março estará a dirigir o Museu de Arte Antiga, em Lisboa, sublinhou que "o ano de 2010 se foi preenchendo, de modo a não baixar a fasquia relativamente ao que já foi feito", o que, em seu entender, "seria um grande erro".
Antes de revelar a programação, propriamente dita, enunciou um conjunto de decisões que lhe estão subjacentes, como "reforçar a projecção externa do Museu, valorizar o discurso e suscitar uma gestão eficaz do ritmo da oferta".
O cimento da estratégia não se ficou por aí, antes se estendeu à necessidade de "mobilizar, pela sua visibilidade, os apoios económicos externos, rendibilizar e diversificar as áreas expositoras e fomentar "uma relação íntima entre a programação e o serviço educativo".
Programação
Traçadas as premissas do trabalho a desenvolver, António Pimentel falou ainda de uma necessidade de aumentar o ritmo da rotatividade das exposições, temporárias, quer sejam de longa ou curta duração.
É nesse sentido que encerrada a 3 de Janeiro, a mostra a 'Arte, Poder e Religião nos Tempos Medievais', vai entrar em Fevereiro - no âmbito a pedagogia da parceria - a escultura 'Compount 16', de Pedro Cabrita Reis, numa cedência da Galeria António Henriques.
"Tal obra vem complementar a exposição 'Arte Partilhada Millenium BCP', um conjunto de 40 obras de grandes artistas plásticos portugueses", acentuou o director do Museu Grão Vasco, que revelou uma mostra de pequena duração da obra 'Tête de Femme', de Picasso, cedida pelo Museu Berardo. Estará patente de 16 a 25 de Abril e "vem a custo mínimo", garantiu. "Quadro nunca visto em Viseu", frisou.
Por acção do Grupo de Amigos do Museu Grão Vasco, de 15 de Maio a 11 de Setembro estará patente ao público a obra 'Na Cátedra de S. Pedro', de António Olaio. "Foi criada em função do Museu e dos objectos ligados a Grão Vasco e ao olhar de S. Pedro", apontou António Pimentel.
E como 15 de Maio é a 'Noite dos Museus', o repto é que o Grão Vasco esteja aberto e que se realize uma 'Festa de Rua', onde interajam os três museus presentes no Largo da Sé: o MGV, o da Misericórdia e o de Arte Sacra, na Sé. A 18 de Maio, 'Dia Internacional dos Museus' haverá, a partir da meia-noite, uma guitarrada de Alexandre Soares e Ana Reis.
Mais tarde, a partir de 10 de Junho e até 11 de Setembro poderá ser vista pelo público a exposição 'Ponto de Fuga', de Joana Vasconcelos, assim como uma mísula de Rafael Bordalo Pinheiro e uma toalha de renda de Maria Augusta Bordalo Pinheiro.
Nos meses de Verão, Junho, Julho e Agosto, em simultâneo com a Feira de S. Mateus, que "cataliza milhões de pessoas", realçou, o Museu estará ocupado com a referida exposição de António Olaio. De 18 de Setembro a 28 de Novembro estarão em patentes ao público obras de arte plástica contemporânea, em três salas.
Em Outubro, mais concretamente entre os dias 15 e 24, aparecerá outra mostra de curta duração, o quadro de S. Pedro e S. Judas Tadeu, de Francisco de Zurbarán, seguindo-se de 2 de Dezembro a 10 de Fevereiro de 2011 obras de 'A Bella Maniera' - corrente do Maneirismo Italiano.
Uma última chamada de atenção de António Pimentel foi para o cultíssimo e viajadíssimo bispo D. Miguel da Silva, que nos deixou o que é hoje o edifício do Solar do Dão, o jardim adjacente e a Mata do Fontelo, por exemplo. Fazia parte dos planos para 2011, facto que poderia ligar Viseu rede pelas cidades por onde passou o prelado.
Diário Regional
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