Um atleta brasileiro que participava num evento desportivo em Lisboa foi internado ontem por ter contraído a gripe A (H1N1). O Governo anunciou que a pré-reserva de vacinas para 30% da população já está em curso.
A Comissão Organizadora dos Jogos da Lusofonia, que decorreram ontem em Lisboa, informou que foi confirmado um caso de Gripe A (H1N1), o que obrigou ao internamento do atleta Eric Mancini, da delegação brasileira.
O estado de saúde do atleta de ténis de mesa, de 20 anos, foi avaliado no Hospital Curry Cabral, em Lisboa.
Eric Mancini desembarcou em Lisboa na quinta-feira, dia 9, vindo de São Paulo. Aos primeiros sintomas de gripe, verificados já em Lisboa, a Comissão Organizadora e o Comité Olímpico Brasileiro entraram em contacto com as Autoridades Nacionais de Saúde, através da Delegação de Saúde Regional da Região de Lisboa e Vale do Tejo.
Após confirmação laboratorial de infecção, foram adoptadas as medidas e activados os mecanismos necessários para evitar a propagação do vírus. Os contactos próximos do atleta, todos eles assintomáticos, iniciaram já quimioprofilaxia, podendo, assim, manter a participação nos Jogos sem que isso implique qualquer risco para os próprios, ou para os demais participantes.
A ministra da Saúde garantiu ontem que "todos aqueles que contactaram directamente com o atleta não apresentaram sintomas de gripe, no entanto estão a fazer a profilaxia indicada nestes casos em regime de prevenção (antiviral oseltamivir)".
Ana Jorge disse ainda que o atleta "está internado por uma simples razão, que é o facto de não residir em Portugal e não ter casa. Por precaução, continua internado mesmo em relação à disseminação do vírus, permanecendo num ambiente mais contido".
Desde o início de Maio, Portugal registou um total cumulativo de 86 casos confirmados. O Ministério da Saúde relembra que na maioria dos casos a doença já foi tratada e as pessoas retomaram as suas vidas.
"O aumento do número de casos importados e de transmissão secundária era já previsível pelas autoridades de saúde pública, tendo em conta a evolução natural da epidemia. Não há, por isso, qualquer razão para alarme, mas sim para uma atenção redobrada".
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