A ideia de ter algumas ruas cobertas (ver texto na página 3) deixa os cidadãos "desconfiados" quanto à sua utilidade e, principalmente, quanto à sua integração estética. "Primeiro teríamos de saber qual o tipo de cobertura, discutir a ideia", sublinhou por seu lado, Afonso Tavares, adiantando logo a seguir não conseguir idealizar a Rua Formosa, por exemplo, com uma cobertura.
Já Adelaide Gonçalves visualiza esta hipótese como uma "coisa gira". "Desde que traga mais movimento aqui ao centro histórico, que está cada vez mais deserto, qualquer ideia é boa", sustentou.
Criação
de novas dinâmicas
A criação de dinâmicas culturais e sociais que neste momento não existem no centro são, para José Mendes, mais essenciais que uma cobertura. "Não sei que retorno isso possa ter, nunca vi nenhuma espaço onde isso fosse uma realidade e desse resultado", frisou.
Uma ideia em parte aceite por Luís Santos. O jovem viseense viajou por diversas cidades europeias e já viu "várias soluções" que vão de encontro à filosofia pretendida. "Em Barcelona, por exemplo, há um mercado tapado que é magnífico", contou, lembrando já ter passado por outro locais em que a falta de originalidade na cobertura utilizada "matava" o próprio espaço.
O jovem deixa ainda algumas soluções para a revitalização do centro histórico: pequenos espaços com os produtos típicos e onde as pessoas possam estar ou adquirir os produtos, mais cafés e restaurantes com esplanadas, um tipo de comércio jovem e de artesanato e, acima de tudo, animação constante para quem passa e goste de ali ficar um pouco mais.
"Uma cobertura moderna é uma boa ideia para que as pessoas tanto possam andar com o calor ou com o frio", rematou António Marques, sustentando que o mais importante é "salvar os lojistas do descontentamento em que se encontram".
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