José Luís Ferreira, que estava acusado de dois crimes de homicídio qualificado e um crime de detenção de arma perigosa, foi condenado pelo Tribunal de Nelas a 20 anos de prisão por ter assassinado a ex--mulher, 18 pelo homicídio do companheiro desta e mais dois por posse de arma ilegal.
No dia 30 de Outubro de 2008, José Luís Ferreira entrou em casa da sua ex-mulher, entre Moreira e Pisão, Nelas, e matou-a a tiro, assim como ao seu companheiro.
Durante a leitura da sentença, a presidente do colectivo de juízes, Ana Carolina Cardoso, referiu que ficou provado que a relação conjugal entre José Luís Ferreira e a vítima Maria de Fátima, com quem esteve casado vários anos e de quem tem quatro filhos, “sempre se pautou por comportamentos violentos”, com agressões físicas e psicológicas.
O homicida, que trabalhava em Espanha, “revoltado com a nova vida da ofendida”, regressou a Portugal, muniu-se de um espingarda caçadeira semi-
-automática calibre 12 e foi até casa da ex-mulher, que vivia com novo companheiro e os seus quatro filhos.
“Indiferente à hora tardia e ao descanso dos filhos, disparou contra a fechadura da porta de entrada”, e depois contra a fechadura do quarto, onde se encontrava Maria de Fátima, o companheiro e ainda o filho mais novo, à data com 18 meses.
José Luís Ferreira retirou o filho da cama da ex-mulher e “a curta distância disparou um tiro, atingindo-a na face, fazendo-a cair de imediato”.
“Sempre com o filho no colo”, apontou a arma a José Martins, que ainda conseguiu agarrar o cano da espingarda, no entanto, não impediu que disparasse “um tiro que o atingiu no braço e lhe provocou a queda. Depois, atirou novamente à nuca para matar”.
“O homem ia morrer com o tiro no braço, mas quis certificar-se que morria mais depressa e deu-lhe mais um tiro”, apontou a juíza, evidenciado que houve realmente “intenção de matar”, já que foram efectuados disparos à queima-roupa e estes “não são acidentais”.
De acordo com a presidente do colectivo de juízes, o arguido manteve sempre o filho mais novo ao colo, sem se preocupar “se podia morrer ou cair com a confusão”, não se importando também com “os berros e o pânico que os outros três filhos ouviam no quarto ao lado”.
“Deixa quatro filhos com traumas para toda a vida”, alegou o presidente do colectivo, sublinhando que “a noite de pesadelo nunca será completamente superada por estas crianças” que “são de facto as grandes vítimas neste processo”.
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