Páginas

So faltam meses, dias, horas, minutos, e segundos para o ano 2012

Madeleine

Banner1
Click here to download your poster of support

Radio Viseu Cidade Viriato

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Quatro empregados da Martifer morreram na Irlanda do Norte...

As quatro vítimas mortais do acidente de viação ocorrido ao final da tarde de anteontem, na Irlanda do Norte, assim como o ferido grave que resultou da colisão entre o veículo ligeiro e um camião, eram colaboradores da Martifer.


A confirmação foi feita pela própria empresa com sede em Oliveira de Frades, distrito de Viseu, que através de um comunicado “lamenta profundamente este acidente e já apresentou as suas condolências e solidariedade junto das famílias dos envolvidos”.


De acordo com a empresa, os cinco colaboradores sofreram o acidente “durante o gozo do fim-de-semana, fora do horário e local de trabalho”. Ao que parece, preparavam-se para uma visita turística a Belfast, no Norte da Irlanda.


As quatro vítimas mortais eram naturais dos distritos de Aveiro (duas deles), Viseu e Coimbra.
A freguesia de Silva Escura, concelho de Sever do Vouga, de onde era natural Pedro Miguel Gradim, uma das vítimas mortais do acidente de Tandragee Road, ainda não acreditava na morte de um filho da terra que foi para a Irlanda “ganhar a vida”.


No café “O Nicho”, o ambiente era de consternação. Muitos conheciam Pedro Miguel Gradim, de 35 anos e solteiro. A última vez que veio a Portugal foi na Páscoa. Umas férias de um mês, para visitar a família e os amigos. Trabalhava na empresa Martifer há 20 anos. No entanto, só no ano passado é que foi trabalhar para a Irlanda, numa obra no aeroporto de Dublin.


De lágrimas nos olhos, Rita Costa, amiga da família, recorda com pesar o velho amigo: “Era uma família muito única, porque o pai deles morreu quando eram novos”. Pedro Gradim era o mais novo de quatro irmãos, sendo, ao todo, duas raparigas e dois rapazes. “Um dos irmãos viajou, ontem, para Angola, sem saber de nada. Só quando chegasse lá é que a empresa o iria informar, e ele iria regressar imediatamente”.


Rita Costa salienta o espírito empreendedor do amigo, esclarecendo que “tinha comprado uma casa há pouco tempo, que estava agora a restaurar aos poucos. Ia inaugurá-la no dia 4, quando regressasse da Irlanda, para mais um curto período de férias”. Deveria regressar de vez no final do ano.


António Paulo, irmão de Pedro Gradim, relembra a personalidade extrovertida do irmão. “Toda a gente gostava dele; toda a gente se dava bem com ele”. Em relação à sua vida na Irlanda, António Paulo conta que Pedro partilhava casa com três dos quatro companheiros que seguiam com ele no carro.


As autoridades irlandesas não têm feito qualquer contacto com os familiares. Têm sido os responsáveis da Martifer, que voaram ontem para a Irlanda, que têm contactado com as famílias.
Uma vizinha, que conhecia a família há muitos anos, recorda Pedro Gradim como “um rapaz muito querido”, que falava sempre com toda a gente quando ia ao café. “Era muito bem-disposto e trabalhador”, salienta.


Outra das vítimas mortais era natural de Alvôco das Várzeas, concelho de Oliveira do Hospital. Luís Miguel Figueiredo Lopes, de 33 anos, morava na freguesia, mas encontrava-se, nesta altura, na Irlanda. Tinha ido em Janeiro, em trabalho por conta da Martifer.


Ao que o nosso jornal apurou, Luís Miguel estava a trabalhar no aeroporto de Dublin, na área da caixilharia de alumínio. “Vinha no próximo mês de férias”, refere a esposa de um colega de Luís Miguel, também ele de Alvôco das Várzeas.


Luís Miguel era solteiro e morava com os pais. “Era uma óptima pessoa”, diz Paula Marques, adiantando que ele foi para a Irlanda “tentar endireitar a vida”, já que em Oliveira do Hospital e na região não se encontra emprego.


Em relação às duas outras vítimas mortais, cuja identidade não foi possível apurar até ao fecho desta edição, uma era do distrito de Aveiro e a outro do concelho de Castro Daire, distrito de Viseu.


Sem comentários: