"Tudo leva a crer que seja o piso de uma sala que seria propriedade de um (senhor) abastado. O piso é composto por um ladrilho em cerâmica que é pouco comum encontrar-se", explicou o responsável pelas escavações que foram feitas na habitação.
Pedro Sobral anunciou ainda que o piso vai ser todo reconstruído. No local foram encontradas cerca de mil peças que compõem o ladrilho. "As que falharem para que o pavimento fique completo, vão ser feitas numa olaria típica", sustentou.
"Esta é mais uma peça do puzzle que nos permite conhecer a cidade de Viseu na época romana", frisou o arqueólogo.
O projecto de requalificação do imóvel teve que ser alterado e adaptado por forma a que o piso seja preservado e colocado à vista. O edifício - cuja requalificação está a cargo da SRU (Sociedade de Reabilitação Urbana de Viseu) - vai ter duas componentes, uma habitacional, com três apartamentos; e outra para serviços.
No futuro será ali instalada a sede da AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal.
"Com a descoberta dos achados houve necessidade de reformular todo o projecto", explicou Américo Nunes, presidente da SRU.
O também vice-presidente da autarquia viseense anunciou ainda que a alteração obrigou a um aumento no custo da obra de cerca de 89 mil euros, juntando-se aos 430 mil euros inicialmente previstos.
O imóvel deverá ficar pronto no início do próximo ano.
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