Um dos agentes dos serviços de informações franceses raptados a 14 de Julho, em Mogadíscio, Somália, conseguiu fugir enquanto os raptores dormiam.
Foi o próprio funcionário que relatou a sua versão à emissora francesa RF1 umas horas depois de as autoridades solmalis terem confirmado que estava em liberdade e refugiado no palácio presidencial de Mogadíscio.
O porta-voz de Imprensa da presidência afirmou que o homem "entrou na residência do presidente com uma pistola na mão", tendo explicado que tinha fugido, depois de matar três dos seus raptores, juntamente com um jornalista ocidental que supostamente "perdeu-se na capital".
Entretanto, um porta-voz do Ministério dos Assuntos Externos francês realçou que a fuga "ocorreu sem violência" e assegurou que o país não entregou qualquer resgate. Por sua vez, uma mulher, que trabalha no palácio presidencial, contradisse esta versão ao afirmar que os factos ocorreram "depois de negociações com os sequestradores e depois de alguns deles terem aceite dinheiro para libertá-los". "Os guardas do sequestrado eram oito e cinco aceitaram o acordo com representantes oficiais (somalis) e um alto cargo da segurança francesa que estava em Mogadíscio para facilitar a libertação dos dois agentes", explicou. Segundo a mulher, "depois de chegarem a acordo, os cinco mataram os seus três companheiros e libertaram o homem" de manhã.
Os dois cidadãos franceses foram raptados no hotel onde estavam alojados. Os insurgentes islamistas "shebab" anunciaram ter julgado os dois homens, que acusavam de espionagem, segundo as leis do Corão.
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