A agência publicitária encarregada de promover a chegada da série de animação "Os Simpsons" a Angola transformou a famosa família amarela num clã tipicamente angolano. A mudança limita-se à promoção do formato.
A imensa cabeleira azul de Marge é agora uma enorme 'afro'; Lisa e Maggie fizeram rastas; Bart tem uma carapinha bem alisada e Homer já não bebe uma cerveja Duff, antes uma Cuca angolana. Mas a diferença mais notória da família de Springfield à chegada a Luanda é mesmo a cor da pele - "Os Simpsons", bonecos famosos também por serem todos amarelos, surgem agora castanhos.
O director criativo da agência publicitária, António Páscoa, explica, à Reuters, que o objectivo era "adaptar a paródia satírica da típica família de classe média norte-americana para Angola". Sobre as críticas que entretanto se levantaram, o responsável pelo Luanda Executive Center responde de forma directa: "Se as pessoas não gostarem, então julgo que não têm um sentido de humor grande o suficiente para gostar de ver 'Os Simpsons'".
Note-se que esta imagem serve apenas a campanha publicitária da série. Uma vez no ar pela televisão por satélite DStv, mantém- -se o original de Matt Groening.
Sob o 'slogan' "Os Simpsons agora em Angola" há mais adaptações. Todos calçam chinelos típicos, vestem roupas com motivos africanos e usam adereços locais; o quadro com o veleiro na parede da sala deu lugar a uma pintura de uma paisagem africana.
"Os Simpsons" nasceram em 1989. Chegaram a cerca de 90 países. Foram dobrados em 20 idiomas, aproximadamente. Este ano, celebram 20 anos e reforçam o êxito daquela que é a série animada mais internacional de sempre.
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