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Radio Viseu Cidade Viriato

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Casa na Quinta da Princesa tinha documentos roubados em assaltos...

A PSP já identificou os líderes do motim que assolou, esta semana, o Bairro da Quinta da Princesa, no Seixal. São quatro indivíduos que estarão relacionados com o tráfico de armas e associados a roubos à mão armada.


As primeiras conclusões começaram já a ser retiradas, numa altura em que o bairro parecia ontem ter regressado à normalidade, após duas madrugadas de confrontos com a PSP.


A polícia foi recebida a tiro e com cocktails molotov, numa cenário a fazer lembrar os recentes confrontos no Bairro da Bela Vista, em Setúbal.


Os incidentes começaram na noite de domingo, quando a PSP foi recebida com violência, na sequência de um furto de uma moto.


Mas os primeiros sinais de violência já se fizeram sentir há cerca de 20 dias, quando elementos da PSP do Seixal apreenderam, na imediações da Quinta da Princesa, uma carrinha que continha no seu interior cerca de 20 cocktail molotov, duas espingardas caçadeiras e um revólver.


Depois disso, sempre que a PSP entrava no bairro era recebida com violência, que se generalizou na madrugada de terça-feira, com o lançamento directo de cocktail molotov contra dois carros patrulha. À hora de fecho da nossa edição, o ambiente mantinha-se calmo, segundo fonte da Direcção Nacional da PSP adiantou, e havia possibilidade de ser reduzido o dispositivo de segurança.


Porém, o prosseguimento das investigações, a cargo da PSP, dava já conta de que os quatro líderes do motim estão identificados e estarão ligados ao tráfico e empréstimo de armas entre os meios criminosos, para a a efectivação de roubos à mão armada, uma realidade a que a Quinta da Princesa não é pela primeira vez associada.


Num apartamento devoluto, de que os líderes do motim fizeram o seu quartel-general, foram descobertos vários documentos, que já foram avaliados. Ao que tudo indica, fazem parte de lotes de documentos subtraídos em roubos à mão armada, em particular em razias efectuadas em restaurantes. As vítimas já tinham apresentado queixa na PSP.


As investigações dão ainda conta da utilização, pelos revoltosos, de uma mistura de óleo e gasolina, espalhada pelas escadas dos prédios para dificultar o acesso à PSP nas madrugadas dos confrontos, uma vez que os criminosos ocupavam os terraços dos edifícios para atacar a polícia. A mistura chegou a ser utilizada em revoltas nos bairros de França e é altamente escorregadia e inflamável.


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