Inglesa Claudia Lawrence está desaparecida há um mês. Autoridades seguem pistas na famosa rede social.
O Facebook, uma das redes sociais de maior sucesso na internet, está a ser usado como auxilar na investigação do misterioso caso da inglesa Claudia Lawrence, que desapareceu sem deixar rasto, a 18 Março.
A polícia apelou às pessoas para deixarem informações que achem pertinentes nos vários grupos, que foram criados no Facebook em nome de Claudia Lawrence.
Um deles já tem quase 24 mil pessoas adicionadas e todos os dias são deixadas dezenas de novas mensagens, algumas das quais com informações que os investigadores qualificam de importantes para a investigação.
O facebook tornou-se um forte aliado para resolver o caso, mas a polícia tem enfrentado alguns problemas em gerir o volume de informação que é todos os dias "postada".
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Excesso de informações dificulta investigação
Os investigadores revelam ser difícil identificar quem são os autores de algumas mensagens. Explicaram que muitas pessoas deixam informações relevantes, mas ou usam "nicknames" ou são pessoas anónimas que usam computadores públicos.
Assim é complicado traçar-lhes o perfil ou chegar ao emissor da mensagem. Por isso, num novo apelo, a polícia pediu àquelas pessoas que têm informações que considerem importantes para se dirigirem directamente à polícia.
Mas há mais entraves à investigação. Apesar de inicialmente ser descrita como uma pessoa muito sociável e que enviava dezenas de sms por dia, novas informações demonstram que Claudia Lawrence tinha uma vida muito mais secreta e privada do que o se faria supor.
Muito pouco foi revelado sobre a personalidade da desaparecida. Uma amiga, que pediu anonimato, revelou que Claudia tinha "uma natureza secreta" e que frequentemente arranjava encontros secretos.
Claudia Lawrence, de 35 anos, foi vista pela última vez no dia 18 de Março, perto da casa onde morava em Heworth Road, York. As últimas horas antes do desaparecimento da jovens foram já filtradas pela polícia e até agora são os únicos factos confirmados.
Telemóvel calou-se um dia depois do desaparecimento
Há imagens da jovem a abandonar às 14.05 horas o edifício da York University onde trabalhava. Sabe-se que um amigo lhe deu boleia até casa, à qual chegaram por volta das 14.45 horas. Mais tarde foi vista, por volta das 15 horas, perto de umas lojas. Às 20.10, Claudia ligou ao pai e depois à mãe. Às 20.23 enviou uma sms a um amigo e às 21.12 horas recebeu outra sms, mas já não se sabe se ela chegou a lê-la.
Desde quinta-feira, dia 19 de Março, que o telemóvel de Claudia Lawrence está desligado. A juntar a isto, acresce o facto de Claudia não ter levado dinheiro, cartões de crédito, mala ou passaporte.
Ainda assim o pai não acredita que ela tenha sido raptada, pelo menos não por alguém desconhecido, uma vez que era uma jovem muito cautelosa. Mas tendo em conta a "vida secreta" de Claudia, a opinião do pai pode não ter grande valor.
Entretanto foram reveladas novas informações sobre a investigação. A polícia pretende identificar dois homens vistos perto da casa de Lawrence uma semana antes de esta ter desaparecido, e também um casal visto a discutir por um motorista, na rua perto da universidade onde Claudia trabalhava na manhã do dia 19 de Março, altura em que Claudia deveria ter dado entrada no trabalho.
Os investigadores afirmam que o testemunho do motorista deverá ser um peça-chave na investigação.
Corpo encontrado perto da casa
Empenhados em desvendar o mistério que envolve o desaperecimento de Claudia, os investigadores acabam de resolver um outro.
No rio que passa perto da casa de Claudia foi encontrado o corpo de uma mulher de 68 anos que estava desaparecido desde o dia 8 de Abril.
Os investigadores revelaram entretanto que, apesar de ainda não saberem as circunstâncias em que a senhora morreu, não parece haver ligação entre os dois casos.
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