Os brinquedos deram origem ao maior número de queixas sobre produtos perigosos na União Europeia em 2008. Tal como antes, é da China que vem a grande parte dos produtos não-alimentares retirados do mercado.
O sistema de alerta rápido (RAPEX) da Comissão Europeia (CE) detectou, em 2008, mais reclamações do que no ano anterior: 1866, ou seja, mais 16%, contra as 1605 de 2007. Cerca de 60% dos produtos nos quais foram detectadas irregularidades provinham da China. No total, 909 notificações foram relativas a produtos de risco de origem chinesa. Bruxelas explica que este aumento de notificações através do sistema RAPEX deve-se sobretudo ao aumento das importações na UE de mercadorias provenientes da China e a acções de controlo do cumprimento da legislação realizadas a nível nacional, especificamente sobre produtos com tal origem.
A comissária responsável pelo Consumo, Meglena Kuneva, avançou que o incremento no número de notificações se deve ao "bom funcionamento" dos serviços de alerta nacionais e das empresas que, de forma rápida, retiram o produto não-alimentar considerado perigoso do mercado. Na generalidade, houve 498 queixas sobre brinquedos, 169 sobre aparelhos eléctricos, 160 sobre veículos a motor e 140 sobre vestuário. Parte das reclamações aconteceu porque os utilizadores foram feridos ou apanharam choques eléctricos com os aparelhos que tinham em mãos, que chegaram, em alguns casos, a provocar incêndios domésticos.
Os países que mais reclamações apresentaram foram a Alemanha, com 205 notificações, a Espanha, com 163 notificações e a Eslováquia, com 140 notificações.
Portugal apresentou 17 reclamações, apenas 1% do total, representando menos uma notificação que no ano anterior. Em contrapartida, quatro das queixas apresentadas tinham na origem produtos fabricados em Portugal.
Através do RAPEX, a CE é informada de todos os produtos que podem representar algum risco para a saúde dos consumidores, com excepção dos alimentos, medicamentos e equipamentos médicos.
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