Um tribunal inglês ouviu esta semana acusações inéditas sobre o comportamento dos guardas da rainha. Segundo o antigo agente de protecção real, os colegas sentavam-se no trono, jogavam e vendiam droga e pornografia.
As acusações foram feitas durante o julgamento de Paul Page, antigo responsável pela segurança da rainha, que é acusado de fraude e de fazer ameaças de morte. O réu foi ainda mais longe, acusando os antigos colegas de permitirem a entrada de amigos em festas da família real e utilizarem o Palácio como parque de estacionamento para amigos e conhecidos.
Paul Page aproveitou a presença em tribunal do sargento Adam McGregor, que trabalhou na segurança do Palácio de Buckingham até 2005 e que alega ter sido vitima de um esquema montado por Page para financiar uma vida de luxo, para levar a cabo uma série de acusações que descredibilizam os serviços de segurança reais.
Durante uma sessão no tribunal de Southwark, em Londres, a acusação viu-se envolvida no escândalo quando a defesa afirmou que, em vez de garantir a segurança do palácio, as equipas de McGregor levavam a cabo actividades ilícitas dentro das instalações reais. Questionado por John Cooper (representante legal de Page), o sargento McGregor negou as acusações, mas admitiu ter-se sentado num dos tronos de Isabel II. "Poderei ter-me sentado num dos tronos, mas não me lembro de o ter feito em tom de paródia".
Esta não é a primeira vez que guardas da rainha são acusados de consumo de drogas. Em 2006, cinco guardas que haviam sido destacados para a segurança pessoal da rainha durante a abertura anual do Parlamento foram expulsos do serviço militar após terem acusado o consumo de drogas em testes de rotina.
Paul Page nega os crimes de fraude e intimidação. Segundo a acusação, guardas da rainha perderam mais 250 mil libras (278 mil euros) num negócio de alto risco, com um retorno "irrealisticamente elevado", descreveu a procuradoria da rainha. O negócio tinha como objectivo o investimento no mercado imobiliário, mas a acusação alega que Page nunca teve intenção de investir, mas antes de utilizar o dinheiro para pagar dívidas acumuladas pela família.
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