Abdelbaset Ali Mohamed Al-Megrahi, o líbio preso por um atentado a um avião no Reino Unido e hoje libertado por razões de saúde, chegou à Líbia, onde foi recebido como um herói, contrariando o apelo dos Estados Unidos.
Al-Megrahi chegou às 19:30 (hora de Lisboa) ao Aeroporto de Tripoli, a bordo de um avião especialmente fretado pela Líbia.
Abdel Basset Ali al-Megrahi à entrada do avião, em Glasgow, rumo à Líbia |
Vestido de preto, saiu da aeronave acompanhado por Seif Al-Islam, um dos filhos do líder líbio Mouammar Kadhafi que o segurava pela mão.
A recebê-los, centenas de pessoas, que agitavam bandeiras líbias e escocesas ao som do hino nacional líbio.
O governo escocês anunciou hoje a libertação de Abdelbaset Ali Mohamed Al-Megrahi, de 57 anos, por motivos de saúde.
O líbio, que estava a cumprir pena na Prisão de Greenock, em Glasgow, foi condenado em 2001 a perpétua, com um mínimo de 27 anos, por ter causado a explosão de um avião da companhia norte-americana Pan Am, a 21 de Dezembro de 1988, sobre a cidade escocesa de Lockerbie, matando 270 pessoas, incluindo 189 norte-americanos que seguiam a bordo.
Hoje, à saída da prisão, Ali Mohamed Al-Megrahi voltou a reclamar a sua inocência, através de um comunicado lido pelo seu advogado.
A Liga Árabe saudou a sua libertação, na esperança de que "abra uma nova página na crise de Lockerbie e de que a Líbia obtenha compensações pelos sofrimentos que passou durante anos".
Em contrapartida, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerou "um erro" a decisão das autoridades escocesas, defendendo que Ali Mohamed Al-Megrahi não deveria ser recebido como herói ao chegar à Líbia mas ficar em prisão domiciliária.
Os familiares das vítimas norte-americanas reagiram, por sua vez, com revolta à libertação do líbio.
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