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Radio Viseu Cidade Viriato

terça-feira, 7 de julho de 2009

Um jovem, de 18 anos, tido como líder de um gangue de assaltantes, morreu, esta segunda-feira, após tiroteio com o dono de uma ourivesaria, na Trofa.

Um cúmplice foi alvejado no braço e detido. O comerciante alegou legítima defesa. É arguido.O grupo, com idades dos 16 aos 18 anos, é originário do Bairro de Carreiros (Rio Tinto, Gondomar) e já estava a ser investigado por pelo menos meia centena de assaltos. Os jovens, dois deles irmãos - a vítima mortal e um dos três que estão a monte - costumavam visar preferencialmente estabelecimentos como cafés para furtar as máquinas de tabaco.


Muitas vezes, terão efectuado os furtos através do arrombamento das montras, mas, nos últimos tempos, começaram a ser associados a roubos à mão armada. Outros três suspeitos de envolvimento na violenta investida na Trofa estavam a ser procurados, à hora do fecho desta edição.


Foi cerca das 9.30 horas de ontem que o proprietário da Ourivesaria Vilaça, no centro de S. Romão do Coronado - onde, há menos de um mês, uma outra ourivesaria tinha sido assaltada - viu o grupo de assaltantes invadir-lhe o estabelecimento. Pelo menos três dos indivíduos, com lenços a tapar os rostos, irromperam na loja, enquanto um quarto ficou à porta em funções de vigilância e um quinto ao volante da viatura, um Renault Mégane furtado.


Sozinho na ourivesaria, o dono, de 57 anos, ex-militar da GNR, esteve na mira de uma caçadeira. "Eles queriam a chave do cofre. Encostaram-no à parede, partiram as montras e levaram vários artigos", contou Hernâni Gomes, advogado do comerciante.


À saída do estabelecimento, o gangue foi surpreendido pela reacção do ourives, que foi buscar uma caçadeira e dirigiu-se à porta. Foi então que se deu o tiroteio, de ambos os lados. Sobre quem disparou primeiro, as versões não foram consensuais. Certo é que se instalou o pânico na movimentada Rua Dr. Délio Santarém.


"Ouvi os três primeiros tiros e pessoas a gritar ao dono da ourivesaria para atirar. Vi um dos assaltantes com uma arma grande nas mãos. Eles ainda deixaram cair várias peças em ouro e a arma e fizeram marcha-atrás com o carro para a apanhar. Dispararam mais dois tiros", relatou Arminda Fernandes, dona de um restaurante. "O sr. Vilaça (dono da ourivesaria) estava a defender o que é dele", afirmou Fernando Rodrigues, proprietário de uma mercearia. No meio da confusão, uma mulher que saía do posto dos CTT, nas imediações da ourivesaria, foi atingida de raspão na cara.


Maria Luísa Coke, moradora, estava incrédula. "Os assaltantes ainda fizeram 'gincana' com o carro. Andaram a derrapar de um lado para o outro. Nunca vi uma coisa destas. Parecia um filme!", lembrou. De resto, na vizinhança, eram quase unânimes os elogios à "coragem e sangue-frio" do ourives, que, após o incidente, foi ouvido pela Polícia Judiciária e constituído arguido. Está em liberdade e voltará a prestar declarações na investigação. Segundo fonte próxima, ele tinha reforçado as condições de segurança do estabelecimento. Raramente mantinha a porta aberta e tinha instalado na montra um vidro "com 31 milímetros de espessura".


Um dos assaltantes, Carlos B., de 18 anos, morreu, alvejado nas costas. Foi deixado à porta de casa, no Bairro de Carreiros, pelos cúmplices. Tiago G., da mesma idade, foi atingido num braço e ficou com um projéctil alojado na omoplata. Já tinha sido baleado, em Abril passado, em Ermesinde, após um assalto falhado a um café. Ontem, foi interceptado pela PSP nas imediações do bairro e ficou detido.


Entre a Trofa e Rio Tinto, o grupo ainda fez um "carjacking" a uma condutora, roubando-lhe uma carrinha, perto da estação de S. Gemil, em Águas Santas, na Maia. O Mégane e a carrinha, que acabaria por embater noutro veículo, foram recuperados pelas autoridades. No primeiro carro, foi deixado o ouro roubado.


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