A PJ está a investigar um incêndio numa viatura de uma conhecida advogada de Montalegre, que terá sido originado por um engenho explosivo. A causídica acredita que se trate de uma "vingança" relacionada com o seu trabalho.
A advogada Isabel Rodrigues teve uma desagradável surpresa quando, cerca das 8,30 horas de anteontem, se aproximou do seu Jipe Nissan Terrano, de 2003, estacionado na rua, em frente ao portão da sua casa, e se apercebeu que tinha ocorrido um incêndio que lhe danificou grande parte do interior do veículo.
O incidente terá sido provocado por um engenho explosivo, colocado através de um corte feito no pára-brisas. O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ).
Isabel Rodrigues acredita que o caso possa estar relacionado com uma eventual "vingança" por parte de alguém a quem tenha ficado descontente com uma sentença de algum processo em que ela tenha estado envolvida. Mesmo assim, diz estar tranquila. "Não tenho medo e estou calma. E quero que quem fez isto saiba que continuarei a defender com a mesma garra e a mesma honestidade os meus clientes", revela.
Na peritagem que os elementos da PJ terão feito à viatura no local, ainda não terão conseguido identificar o tipo de engenho utilizado.
"Para já, ainda não se sabe que tipo de engenho foi utilizado, se um cocktail molotov ou outra coisa. De qualquer forma, o que se sabe já é que o artefacto tinha um rastilho detonante em tecido e que foi colocado através de um buraco feito no pára-brisas", explica Isabel Rodrigues. O carro irá a agora ser alvo de uma análise mais profunda e que obriga a que o tablier seja desmontado. Ainda não estará marcado o dia em que a peritagem em causa será realizada.
De acordo com a advogada, o incidente só não terá tido outras proporções devido a uma falha técnica, com a qual o autor do crime não terá contado.
"A explosão do carro só não terá acontecido porque não haveria oxigénio suficiente para fazer com que o fogo alastrasse a parte do combustível. Ao arderem, os plásticos devem ter feito muito fumo e consumido o oxigénio, mas quem fez isto não devia contar com isso", explica a advogada, com base em informações colhidas junto de fonte policial.
Isabel Rodrigues, de 41 anos, foi casada com um ex-presidente da Câmara Municipal de Montalegre e é uma das causídicas a defender mais casos na comarca. É conhecida como a advogada dos "casos difíceis".
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