Autarca galego sublinha que doentes lusos "são bem-vindos".
A pensar no número cerscente de espanhóis mas também de muitos portugueses, os serviços de Saúde galegos vão criar um novo centro de atendimento em Tui. Proximidade e ausência de taxa moderadora levam cada vez mais lusos a atravessar a fronteira.
Hospital de camapanha não avançou em Valença |
O município galego de Tui deverá ver duplicada, dentro de dois anos, a capacidade dos seus serviços de saúde com a criação do futuro centro de atendimento, estrutura há muito reivindicada e que vem responder à crescente procura da valência, em grande parte devido à proximidade da fronteira. De acordo com o Município de Tui, a construção do futuro centro de saúde deverá arrancar ainda este ano, prolongando-se a sua edificação durante cerca de 24 meses.
Segundo fonte dos serviços de Saúde da Galiza, estima-se que a afluência à fronteiriça unidade sanitária por parte de utentes lusos venha a aumentar, contribuindo sobremaneira para tal "o recente encerramento das Urgências de Valença e a inexistência de taxa cobrada pelo atendimento (taxa moderadora)". Tem ainda em conta o encerramento dos SAP de Paredes de Coura, Melgaço e Arcos de Valdevez.
De acordo com a mesma fonte, "não se verificaram, nos últimos dias, grandes alterações" no tocante à afluência de portugueses à unidade de saúde de Tui, afiançando, contudo, tratar-se de um serviço que "há muito conta com uma considerável afluência de portugueses". Durante o dia de ontem e até à hora da manifestação protagonizada pelos utentes do centro de saúde de Valença, nenhum cidadão português havia buscado por cuidados de saúde nas Urgências daquele serviço, soube o JN. "Em todo o caso, há muita gente que vem a Tui em busca desses serviços", assinala o autarca de Tui, António Fernandez Rocha, assegurando que a demanda protagonizada pelos cidadãos portugueses "em nada prejudica o normal funcionamento dos serviços". A propósito, vinca: "Tudo o que for dito em contrário são falsos comentários. Os portugueses sempre foram e serão sempre bem-vindos em Tui. Caso se venha a registar uma procura elevada, peço às pessoas que compreendam e sei que todos os casos serão atendidos".
Não há problema
Vereador da Oposição (PSOE) naquela autarquia galega, Freiria Perez considera que a afluência de portugueses ao Centro de Saúde de Tui "nunca constituiu nem constituirá qualquer problema". No entender do autarca, "isso é uma falsa questão". A propósito, enfatiza: "Acreditamos que o serviço possa vir a sofrer um incremento no que se refere à procura, por parte de utentes portugueses, mas esse não é o problema do nosso centro de saúde. Trata-se de um edifício construído há 25 anos e desactualizado face às novas exigências com que se debate. Concretamente, o movimento transfronteiriço de cidadãos espanhóis e portugueses".
JN
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