Os trabalhadores da Galp Energia anunciaram na quarta-feira, uma greve de três dias, de 19 a 21 de Abril, contra a actualização salarial proposta pela empresa, que pode criar problemas de abastecimento nos seus quase 1500 postos de combustível espalhados pelo país.
"Uma paragem de três dias implica a paragem de toda a produção e, em termos de abastecimento ao público, poderá haver postos que vão sofrer consequências, uma vez que não haverá abastecimento normal a sair das refinarias", afirmou à Lusa o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Norte (Sinorquifa).
Ribeiro dos Santos disse que os trabalhadores da Refinaria da Galp do Porto ratificaram a decisão de fazer três dias de greve nacional, e greve ao trabalho extraordinário nos dias 17 e 18.
"Na última reunião a empresa avançou mais 0,1% face à sua anterior posição, o que corresponde a um aumento de 1,3% para salários até 2310 euros e de 1% para salários superiores. Nós definimos que os trabalhadores deveriam exigir uma distribuição de lucros e um aumento salarial de 2,8%, no mínimo de 55 euros", recordou Ribeiro dos Santos.
O presidente da Galp Energia, Ferreira de Oliveira, apelou ao "bom senso" dos trabalhadores para que não avancem com a greve, deixando em aberto a negociação salarial: "Os sindicatos são excelentes negociadores, nós somos suficientes", disse ao "Negócios".
Uma vez que quer na Refinaria do Porto, quer na de Sines, decorrem obras, Ribeiro dos Santos alertou que a greve terá "uma dimensão muito elevada", já que os trabalhadores das empreitadas em curso serão "naturalmente impedidos de entrar nas instalações".
JN
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