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domingo, 11 de abril de 2010

O Papa Peregrino morreu há 5 anos...

pomba


O arcebispo de Cracóvia (Polónia), Stanislaw Dziwisz, realçou, hoje, o "simbolismo emotivo" do aniversário dos cinco anos da morte do Papa João Paulo II (de nacionalidade polaca) coincidir com a sexta-feira santa. O carácter e obra do Papa peregrino (como era conhecido), - e que esteve à frente da Igreja Católica por 26 anos - , são hoje recordado um pouco por todo o mundo. A estátua em sua honra junto à Igreja da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima, está transformada num espaço de culto popular.

Cinco anos após a morte do antigo chefe de Estado do Vaticano, que esteve por três vezes no Santuário de Fátima, são muitos os peregrinos que rezam defronte da sua estátua de bronze, feita por um artista polaco como João Paulo II, e colocada por ocasião da inauguração do templo, em outubro de 2007.

São também muitos os que tocam na imagem, deixam flores e aguardam, em fila, o momento para poderem ser fotografados ao lado do Papa.

No Santuário de Fátima diz-se que esta é a estátua mais fotografada e, depois da Capelinha das Aparições e dos túmulos dos três videntes, o local que mais flores recebe.

"Se este padre não é santo, não há mais santo nenhum", afirmou Augusto Rosa ao passar junto à escultura de João Paulo II, certo de que a sua elevação aos altares é uma questão de tempo.

À aência Lusa, o peregrino do Porto destacou o "carácter" do antecessor de Bento XVI, por quem confessou ter fé, realçando ainda que "mostrou sempre aquilo que valia".

"Mesmo a falar para as pessoas, parecia uma pessoa santa",
comentou.

Já Maria da Luz Saramago, da Baixa da Banheira, assumiu uma grande admiração por João Paulo II, que considerou "um homem muito carismático".

"Chorei muito quando morreu",
acrescentou Maria da Luz, que fazia mais uma visita ao Santuário de Fátima, onde a passagem pela estátua passou a ser obrigatória e tem, além de apreço, o significado de "homenagem".

Por seu turno, Maria Almeida, de Viseu, que estava no santuário com o objetivo de cumprir uma promessa, dirigiu-se também à imagem.

"Foi um Papa de quem a gente gostou imenso", referiu a peregrina, que remeteu para Deus a decisão sobre a santidade de João Paulo II: "Só Deus é que sabe".

Irene Oliveira, emigrante no Canadá, que acompanhou as visitas de João Paulo II pela televisão, rejeitou a atribuição da designação de Papa de Fátima ou de Portugal, frisando o caráter mundial do seu legado.

"Acho que ele tentou tudo enquanto foi vivo, desde manter a paz pelos países todos a aumentar a fé em todos nós", referiu.

Fora do Santuário de Fátima, também nas lojas de artigos religiosos a devoção por João Paulo II se revela.

Num dos muitos estabelecimentos que circundam o maior templo mariano do país, a proprietária, Ana Paula Neves assegurou que, depois das figuras da Virgem e dos videntes, é a imagem de João Paulo II a mais procurada.

"Ele deixou realmente grandes lembranças e muita gente convertida através dele", explicou a comerciante, admitindo que a procura vai continuar, apesar de figuras de Bento XVI estarem igualmente disponíveis na loja.



SIC

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