 |
Acendeu-se, aí, dizem as testemunhas, o rastilho para um final de jogo explosivo. Jogadoras, dirigentes e espectadores de ambas as equipas envolveram-se numa cena de pancadaria capaz de fazer corar muitos homens de barba rija.
"Foi um acto de protesto, porque estava cansada que os adeptos se metessem comigo", disse Rocío Torres, em declarações ao jornal "A Voz da Galiza", incrédula com a dimensão do incidente. "Não sei porque se deu tanta importância, porque quando os jogadores da primeira divisão fazem o mesmo não se passa nada", acrescentou a jogadora da equipa de futebol feminino do Buez.
Maria Jesús Gil, presidente do Buel, reconheceu ao mesmo diário galego que "no final do encontro, os dirigentes do Tomiño mostraram indignação" com o protesto de Rocío Torres. Não se sabe ao certo se foram murros, estalos ou pontapés, mas a jogadora ficou com marcas bem visíveis nas faces, várias pisaduras que configuram o eufemismo futebolístico “olho à Belenenses".
As consequências de fazer peito ao público vão além das sequelas da indignada reacção ao protesto indignado de Rocío Torres. A jogadora incorre num castigo que pode ir de quatro jogos a cinco anos de suspensão, contas feitas pelo jornal "Faro de Vigo".
Se ficar provado que mostrou os peitos ao público, Rocío Torres incorre numa infracção disciplinar enquadrada nos artigos 66 e 89 do regulamento da Real Federação Espanhola de Futebol por "atentado contra a dignidade e o decoro desportivos".
Se a falta for considerada grave, Rocío Torres incorre numa pena de multa que varia ente os 602 e os três mil euros e a uma suspensão que pode ir de um mês a dois anos, com um mínimo de quatro jogos de castigo.
Caso seja considerada uma ofensa muito grave, a suspensão varia entre dois e cinco anos e a multa entre três mil e 30 mil euros.
JN
Sem comentários:
Enviar um comentário