O Festival Paredes de Coura arranca hoje, quarta-feira, com um cartaz dominado pelo rock alternativo de Nine Inch Nails, Franz Ferdinand e The Hives. A organização espera entre 15 mil a 20 mil pessoas diariamente.
Ao longo dos próximos quatro dias, dezenas de milhares de portugueses e também de espanhóis vão encher a praia fluvial do Tabuão. Ontem, o parque de campismo já estava a ficar com muito poucos lugares disponíveis. Por causa de Nine Inch Nails, sexta-feira deverá ser o dia com mais espectadores.
A 17ª edição do festival mais alternativo de Portugal apresenta, como já é sua tradição, um alinhamento repartido entre nomes consagrados e artistas que a qualquer momento podem saltar para a ribalta. Oscliando entre o rock mais rápido e agressivo de Nine Inch Nails e The Hives e o pop-rock mais melódico de Franz Ferdinand e Jarvis Cocker, o alternativo é o grande fio condutor das 15 bandas que vão passar pelo palco principal.
Os Nine Inch Nails deverão concentrar grande parte das atenções, até porque os próprios já admitiram que esta talvez seja a sua última digressão. Assim, esta poderá ser uma das derradeiras oportunidades de ver Trent Reznor , com a sua banda, a descarregar no palco os seus fantasmas pessoais em versão industrial e apocalíptica.
Os escoceses Franz Ferdinand, que, com o seu rock de batida dançável, conquistaram um sucesso mediático e uma legião de fãs invejáveis, regressam a Portugal para mais uma actuação, desta vez ao ar livre e num contexto de festival bucólico.
Os Hives aumentarão as batidas por minuto do recinto com o seu garage punk. Os suecos não lançam um disco de originais desde 2007, mas a sua colecção de singles deverá ser suficente para pôr o público aos saltos no anfiteatro natural.
Jarvis Cocker, ex-vocalista dos Pulp, também deverá trazer muitos fãs ao Alto Minho para a apresentação do seu novo disco "Further complications", lançado no mês passado, onde revela uma faceta de contador de histórias quase em registo "crooner".
A actuação de Peaches, também com um disco acabado de estrear ("I feel cream"), deverá provocar muitos olhares de espanto e surpresa aos que ainda não a conhecem. Electroclash ilustrado com muito pouca roupa, poses lascivas e insinuantes é o cartão de visita da já quarentona cantora, que continua, no entanto, sem medo de chocar.
No festival, haverá ainda a oportunidade de confirmar ao vivo o potencial de bandas em fase de afirmação como The Pains of Beeing Pure at Heart, Howling Bells, Portugal The Man ou, já hoje, no palco after-hours, Patrick Wolf.
Todavia, como Paredes de Coura não vive só de rock, deve-se destacar ainda o Palco da Relva que, a partir de amanhã, terá, diariamente, performances de leitura às 15h e actuações de jazz às 16h.
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