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Radio Viseu Cidade Viriato

quinta-feira, 30 de julho de 2009

BCP, Totta e BPI fecharam semestre com subida nos resultados líquidos. Malparado agravou-se...

Os quatro maiores bancos privados a operar em Portugal tiveram, no seu conjunto, lucros de 760,7 milhões de euros no primeiro semestre deste ano. Mas nestes meses viram também aumentar o crédito em incumprimento.


Com a apresentação, ontem, dos resultados do BCP e do Santander Totta, ficou fechado o "balanço" dos quatro maiores bancos privados portugueses ou a operar em Portugal neste primeiros seis meses do ano (BPI e BES já o tinham feito). Todos registaram subida nos lucros que, no seu conjunto, ascenderam a 760,7 milhões de euros - qualquer coisa como 4,1 milhões de euros por dia.


Mas ao longo destes seis meses de 2009, os bancos viram igualmente subir o crédito malparado. Os quatro bancos reportaram subidas nos rácios de crédito vencido a mais de 90 dias. Sobre esta questão, o presidente do BCP salientou que o banco que lidera está abaixo da média do mercado, ainda que não afaste cenários de agravamento.


Ontem, o Santander Totta anunciou lucros de 278 milhões de euros (mais 1,7% do que no semestre homólogo de 2008). Na mesma ocasião, Nuno Amado sublinhou que o Totta vai continuar a fazer reforços de provisões nos próximos meses, uma vez que é sua convicção que 2010 "não vai ser mais fácil do que 2009".


O presidente do Totta salientou que o banco tem um "core tier 1" de 9,0%, o que corresponde aos "rácios mais elevados do sector". Em matéria de custos operacionais, o banco registou uma subida de 1,2%, ainda assim, inferior ao crescimento das receitas.


Já no BCP, o corte dos custos operacionais (da ordem de 5,2%) foi um dos factores que influenciaram positivamente os resultados líquidos, que subiram, neste semestre, para 147,5 milhões de euros (contra 101,4 milhões no semestre homólogo de 2008).


Na apresentação de resultados, a descida dos custos operacionais - que incluiu uma contenção dos custos com pessoal em todos os mercados onde o BCP está presente, excepto África - foi sublinhada por Carlos Santos Ferreira que avançou ainda pormenores sobre duas medidas estruturais, que centraram atenções nestes últimos meses, e irão ter já impacto nos resultados no banco ao longo do segundo semestre. Trata-se do reforço dos rácios de capital (com o banco a conseguir já um "core tier 1" de 8%) e de alterações no fundo de pensões, concretamente a revisão dos cálculos actuariais e da contribuição, passando os novos trabalhadores a contribuir com 1,5%.


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