Em plena crise, os portugueses não dispensam as férias no exterior. Em Junho, o número de portugueses que viajaram para Cabo Verde cresceu 150% e para a Turquia ou Marrocos o aumento foi superior a 200%.
A Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT) está surpreendida com a procura de viagens de férias registada no mês de Junho por parte dos portugueses, que ultrapassou as expectativas iniciais do sector, tanto no que se refere à procura de destinos no exterior como nacionais.
Com base no tráfego verificado nos aeroportos portugueses, a APAVT conclui que o número de portugueses que optaram por fazer férias em Antlaya, na Turquia, e em Marrackech, em Marrocos, cresceu mais de 200%, e para Cabo Verde mais de 150%. Para outros destinos, como Burgas, na Bulgária, registou-se uma subida de 130%, enquanto para Cuba o aumento foi de 30%. As viagens para a Jamaica também estiveram em alta no mês passado, com um crescimento de 30% no número de passageiros, em relação a Junho de 2008.
Os preços que os portugueses estão a pagar por este tipo de férias variam consoante o destino e a duração mas, segundo a APAVT, rondarão os 750 a 800 euros por pessoa para estadias de oito dias.
Outro destino eleito pelos turistas portugueses foi Espanha. Segundo o instituto de estatística espanhol, "o turismo português foi o que mais cresceu entre os principais emissores, tanto em número de hóspedes (9,1%), como em número de dormidas na hotelaria (19,5%)", adianta a APAVT.
A procura dos destinos nacionais ainda não está contabilizada, no entanto, a associação refere que o tráfego no aeroporto de Lisboa para destinos domésticos cresceu 10,8%, com destaque para a Madeira, que assinalou um aumento de 22,7% do número de passageiros, em Junho.
No Algarve, o principal destino turístico de Portugal, em Junho, verificou-se uma descida da ocupação, mas menor do que a dos meses anteriores. "Em Junho, as descidas foram de 4,5%, mas temos uma queda da procura acumulada de 14%", explica Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA). O mais grave é a queda superior a 20% que a hotelaria algarvia está a registar no volume de negócios desde o início do ano. "As receitas têm vindo a cair e a tendência é para se acentuar. Neste período de época alta podemos ter descidas ligeiras nas taxas de ocupação, mas o mais importante são as receitas que estão a diminuir", frisa Elidérico Viegas.
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