PSP divulga plano na próxima semana. FIFA já se reuniu com Interpol. Alemanha admite que jogadores usem coletes antibala.
A ameaça de atentados terroristas durante o Mundial que se inicia a 11 de Junho tornou-se uma preocupação mais forte para as selecções participantes após o assassínio do líder da extrema-direita sul--africana, Eugene Terre'Blanche. Apesar do sentimento de apreensão e receio, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) não comenta publicamente o tema. Mas o DN sabe que haverá segurança policial reforçada para a selecção, que durante o Mundial ficará alojada em Valley Lodge, a cerca de 100 km de Ventersdorp, localidade que serve de base ao Movimento de Resistência Afrikaner (AWB).
O esquema de segurança, quer para a selecção quer para os adeptos, estará totalmente pronto na próxima semana, conforme assegurou ao DN o comissário Paulo Flores, da direcção nacional da PSP. Neste momento, segundo este responsável, estão a ser pensados todos os pormenores, desde o número de elementos do corpo de segurança pessoal da PSP que viajarão com a equipa, e que a acompanharão 24 horas por dia, até ao número de elementos que trabalharão directamente com as autoridades locais e com Interpol.
Segundo o DN apurou, têm existido reuniões entre as autoridades portuguesas e sul-africanas para definir o campo de actuação dos polícias portugueses, grupo onde, além da PSP, deverão estar incluídos inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Os elementos do corpo de segurança pessoal da PSP, à semelhança do que aconteceu em anteriores provas internacionais, vão passar a pente fino todas as instala- ções usadas pelo jogadores, hotéis e campos de treino, para prevenir eventuais atentados.
Os restantes elementos policiais, em ligação directa com as autoridades locais e com a Interpol, vão ter como missão o acompanhamento e vigilância dos adeptos portugueses que viajarem até África do Sul.
Para tentar acalmar os receios das várias selecções - a Alemanha já admitiu que os seus jogadores possam usar coletes à prova de bala -, a polícia sul-africana colocou em marcha um grande plano de protecção, que custou 110 milhões de euros. Dos 200 mil polícias existentes no país perto de 44 mil estarão destacados para o Mundial.
A própria FIFA tem acompanhado as operações e no mês passado reuniu-se com a Interpol para conhecer os planos de segurança previstos pela organização. No final, o presidente do organismo, Joseph Blatter, revelou a sua confiança no sucesso da competição.
Um sentimento partilhado ao DN pelo capitão Diniz Adrião, porta-voz do comissariado da South Africa Police Service. "É preciso lembrar que este não é o primeiro grande evento na África do Sul. Eu próprio estive em Portugal, na Alemanha, na Suíça, na Áustria, para ver o que foi feito lá."
O lusodescendente Diniz Adrião, faz a ligação entre as autoridades sul-africanas e o grupo de trabalho português para o Mundial, que envolve ainda a embaixada portuguesa, a FPF e a Secretaria de Estado das Comunidades.
1. O estádio de Mbombela em Nelspruit, é um dos 10 que acolhe o Mundial.
2. Carlos Queiroz e Cristiano Ronaldo, à semelhança de toda a selecção nacional, vão ter segurança apertada.
3. Jornal noticia que Julius Malema, líder do movimento juvenil do ANC, foi visto a pôr flores na fazenda de Eugene Terre'Blanche.
4. Um dos muitos apoiantes do AWB que ontem se deslocou à fazenda onde o líder do movimento foi morto sábado depois de uma desavença com empregados.
DN
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