Oito organizações humanitárias haitianas denunciaram na terça-feira a corrupção no fornecimento da ajuda destinada aos sinistrados, que por vezes é atribuída a troco de dinheiro e num clima de desordem.
"Para ter um cupão que dá direito a uma ração alimentar, as vítimas têm de se deslocar a vários pontos da capital. Por vezes, são obrigadas a comprá-la", acusaram as organizações não governamentais (ONG) num comunicado conjunto em que referem uma distribuição selectiva.
"Responsáveis pela distribuição do material e dos alimentos confiscam-nos para os vender", lê-se no documento.
As organizações haitianas defesa dos direitos humanos criticaram, por outro lado, as condições de vida das vítimas do sismo de 12 de Janeiro nos abrigos, dois meses depois da catástrofe que lançou mais de 1,3 milhões de haitianos nas ruas.
"As pessoas estão amontoadas em abrigos construídos com pedaços de telhas, madeira e cartão. A maioria dos sinistrados não beneficiou de nenhuma tenda", adiantam as organizações haitianas.
De acordo com as Nações Unidas, 218 mil pessoas que vivem em 21 acampamentos na capital haitiana estão particularmente expostas aos perigos de inundações e deslizamentos de terras, associados à estação das chuvas que deve começar em Abril.
Diário de Noticias
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