Milhares de muçulmanos indonésios radicais manifestaram-se hoje, domingo, em todo o país contra a visita do presidente norte-americano Barack Obama, prevista para o fim do mês.
Cerca de 2.000 manifestantes que pertencem ao grupo islamista Hizbut Tahrir, que exige a criação de um califado na região, manifestaram-se em Makassar, capital da ilha de Sulawesi.
Gritando "O Islão unido... não será derrotado. Rejeitamos Obama", os manifestantes rasgaram reproduções de bandeiras norte-americanas.
Na cidade de Solo, no centro de Java, cerca de 500 membros do mesmo grupo islamista agitaram cartazes onde estava escrito: "Expulsem Obama... chefe dos colonizadores" ou ainda "América... Os verdadeiros terroristas".
"Há dois tipos de visitantes, os bons e os maus. Obama classifica-se entre os maus. Tem uma cor de pele diferente da de George W. Bush, mas continua a oprimir os muçulmanos", declarou Nur Alam, porta-voz do grupo Hizbut Tahrir.
"Apesar de ter crescido na Indonésia, isso não é uma razão para não o rejeitar. É um personagem cruel, as suas mãos estão cobertas de sangue", acrescentou.
O Hizbut Tahrir, legal na Indonésia, é proibido em vários países do Médio Oriente, onde nasceu, e na Ásia central.
Barack Obama adiou para 21 de Março o início da sua visita à Indonésia, inicialmente previsto para 18 de Março.
Entre os seus seis e dez anos, Obama esteve no país com a sua mãe, que casou com um Indonésio.
Guardou as noções da língua, o que contribuiu para a sua grande popularidade no país muçulmano mais povoado do mundo.
Jornal de Noticias
Sem comentários:
Enviar um comentário