O presidente da Junta de Cavernães, Jorge Martins, tem recebido nos últimos dias inúmeros habitantes da sua freguesia que se mostraram muito descontentes com as obras de requalificação da Estrada Nacional n.º 229.
De acordo com o autarca, os populares deram conta das suas dúvidas sobre as soluções que a Estradas de Portugal (EP) adoptou para o traçado e que não são consensuais, ao ponto de até a Câmara Municipal de Viseu ter alertado a direcção da instituição que está a levar a cabo os trabalhos para os perigos criados em algumas zonas, entre as quais, a rotunda de acesso ao Parque Industrial de Mundão.
"Disseram-me que estavam dispostos a cortar a estrada se não foram tidas em conta as suas preocupações, porque entendem que o objectivo da requalificação era acabar com os pontos negros e os acidente na EN229 e não originar mais", sublinhou.
"Num dos casos e se não forem feitas alterações, os moradores de um bairro terão de atravessar duas faixas de rodagem para poderem cortar para a estrada em direcção a Viseu", contou Jorge Martins durante a reunião descentralizada da Câmara com as Juntas, realizada durante a manhã de ontem na freguesia de Lordosa, acrescentando que contactados, os responsáveis da Estradas de Portugal, foi-lhe dito que a alteração ao projecto inicial poderia ser feita, mas que teria de ser a Junta a pagar.
Para o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, há uma coisa que está certa, nomeadamente, que não será o município a pagar os trabalhos extra. "Não sei o que o senhor presidente da Junta pretende fazer, mas eu já dei para esse peditório. Já basta que tenham posto de lado o projecto de requalificação inicial, cortando a despesa em cinco milhões de euros", sublinhou.
O vice-presidente da autarquia, Américo Nunes, revelou que uma resposta muito parecida da EP recebeu o município quando solicitou aos responsáveis que durante as obras deixassem já os espaços nos passeios destinados a receberam os caixotes do lixo. "Disseram que teria de ser a Câmara a custear esses trabalhos e nós ainda estamos a pensar o que iremos fazer", adiantou.
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