O maior acordo discográfico de sempre ascende a 250 milhões de dólares (200 milhões de euros) e foi assinado entre a Sony e os herdeiros de Michael Jackson, noticiou esta manhã a imprensa dos Estados Unidos. Com base neste acordo, a editora de longa data do “rei da pop” vai poder distribuir até 2017 inéditos e produtos associados do músico falecido no ano passado. O primeiro desses projectos será lançado em Novembro deste ano, precisa a editora em comunicado.
A Sony foi durante muito tempo a editora de Michael Jackson (Mike Segar/Reuters )
O "New York Times" avança que esse primeiro álbum será a banda sonora do filme-documentário “This is it”.
Desde a morte de Jackson em Junho, a Sony obteve lucros de 31 milhões de dólares com lançamentos especiais de álbuns do cantor. O acordo agora concluído com os seus familiares, para o futuro, ultrapassa todos os valores de acordos assinados por editoras no mundo, incluindo os que foram alcançados por Madonna (120 milhões de dólares) e Jay-Z (150 milhões de dólares).
O dinheiro ajudará a família de Michael Jackson a saldar as dívidas do músico que, segundo estimativas, ascenderiam a 400 milhões de dólares quando morreu.
Segundo o "Wall Street Journal", que avançou a notícia, o acordo prevê o lançamento de dez discos nos próximos 17 anos, um dos quais de temas inéditos. O cantor terá deixado dezenas de temas desconhecidos.
Os projectos futuros poderão também incluir uma compilação em DVD de vídeos do músico e “Off the Wall”, o seu quinto álbum lançado pela primeira vez em 1979, juntamente com material inédito. O novo lançamento deste álbum era desejo do próprio cantor, segundo os seus familiares. Além de DVD e reedições, "os direitos estende-se a vários projectos. Pode chegar ao teatro. Pode chegar aos filmes. Videojogos ou novas plataformas multimédia que ainda não conhecemos", exemplifica Rob Stringer, citado pelo "Los Angeles Times".
A Sony vê este acordo como uma parceria. “Estamos empenhados em proteger o legado deste ícone e muito entusiasmados por poder continuar a levar a sua música ao mundo”, disse Rob Stringer, presidente do grupo.
Um dos gestores do espólio e legado de Jackson, John Branca, que negociou este acordo com a Sony, recorda como, ao longo da vida de Michael Jackson, os seus contratos com a indústria sempre "estabeleceram padrões". Reflectiam, diz, "a sua visão única e o seu talento". "Este acordo com a Sony demonstra o poder duradouro da música de Michael ao exceder todos os marcos prévios na indústria", diz John Branca no mesmo comunicado da Sony.
O Publico
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