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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Nuvens de 14 a 18 quilómetros na rota do A330...

Dados preliminares do inquérito apontam, ainda, "incoerências" detectadas pelas várias calculadores de velocidade do avião que fazia o voo AF 447, que desapareceu com 228 pessoas a bordo.


Os resultados preliminares ao desaparecimento do Airbus A330-220 da Air France mostram uma "incoerência" na medição das velocidades fornecidas pelo avião.


O anúncio foi feito em comunciado pelo “Bureau d'enquêtes et d'analyses” (BEA), que está a proceder ao inquérito sobre o desaparecimento do voo 447 da Air France, na noite de domingo para segunda, na viagem entre o Rio de Janeiro e Paris.


Segundo um comunicado da BEA, foram detectadas "incoerências" entre os dados apresentados nos "instrumentos de medição de velocidade" do Airbus A330-220, "a partir do funcionamento automático de mensagens transmitidas pela aeronave", pode ainda ler-se no texto.


Nuvens de 14 a 18 quilómetros na rota do A330


A BEA pretende cessar com especulações e acrescenta que há, apenas, um outro dado confirmado: "a presença junto à rota planeada dos aviões sobre o Atlântico de importantes características da célula convectiva das regiões equatoriais".


"São nuvens que originam grandes instabilidades, com movimentos caóticos ascendentes e descendentes", explicou Rei, do Centro Meteorológico para a Aeronáutica, no Aeroporto de Lisboa. "Estas nuvens podem chegar a ter 14 a 18 quilómetros de altura, que se caracterizam por movimentos verticais, tanto para cima como para baixo", adiantou aquele especialista.


Fernando Rei admite que a passagem por uma nuvem destas poderia originar problemas no Airbus A330. Embora admita "a possibilidade" de as tais células convectivas terem contribuído para o desastre, aquele especialista lembrou que os aviões dispõe de informações de radar sobre o tempo e, por norma, "tentam desviar-se" desses fenómenos, que podem ser comparados a minitornados.


A revelação da BEA ajuda a adensar o mistério do desaparecimento do Airbus A330-220 da Air France, horas depois de a Marinha do Brasil adiantar que os destroços encontrados não são do avião desaparecido de domingo para segunda. "Até agora, nenhuma peça do avião foi recuperada, declarou o director do departamento de controlo do espaço aéreo brasileiro, Ramon Cardoso.


"É evidentemente uma má notícia, porque preferíamos que fossem do avião e que tivéssemos informações", admitiu o secretário de Estado dos transportes francês, Dominique Bussereau, à rádio RTL.


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