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Radio Viseu Cidade Viriato

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Os Portugueses e que lamentam

Os pais de Madeleine MacCann, a menina britânica desaparecida da Praia da Luz, Lagos, há quase dois anos, "lamenta profundamente o impacto negativo que o caso teve na economia" local, disse o porta-voz da família, Clarence Mitchel.


"Kate e Gerry e todas as pessoas envolvidas nisto ", declarou Clarence Mitchel, quando confrontado com o desagrado de alguns habitantes da localidade em relação ao regresso do pai de Madeleine a Portugal este fim-de-sema e com a notícia do despedimento colectivo no empreendimento de onde a menina desapareceu a 3 de Maio de 2007.


No mesmo dia em que Gerry MacCann chegou ao aeroporto de Lisboa, sexta-feira, o advogado da empresa proprietária do aldeamento, a Greentrust SA, comunicou a 21 dos 48 funcionários a intenção de avançar com um despedimento colectivo, por inviabilidade financeira da empresa.


Na carta então distribuída, a que a Lusa teve acesso, a administração da Greentrust diz que a medida "é o resultado esperado de uma sequência continuada nos últimos dois anos em que a empresa suportou os pesados custos de redução da sua actividade em resultado do infeliz acontecimento Maddie McCann".


Segundo os trabalhadores contactados pela Lusa, em 2007 trabalhavam 130 pessoas no empreendimento. "Até ao desaparecimento, o aldeamento estava com reservas completas e até tivemos de reencaminhar turistas para outros empreendimentos", disse um deles, pedindo anonimato.


Mas tudo mudou na sequência do caso e o pessoal da empresa começou a ser dispensado. "No Verão a seguir éramos já só 60 funcionários e neste ano estávamos reduzidos a 48", acrescentou o mesmo trabalhador.


"Na sequência dos gravosos resultados do exercício de 2007, cuja origem esteve no já referido caso McCann, a empresa preparou-se para um ano de 2008 que seria difícil, mas a quebra verificada e as perspectivas para 2009 tornam a empresa inviável", lê-se ainda na missiva enviada aos funcionários.


"A última coisa que Gerry queria era causar qualquer perturbação, desde o mais pequeno corte de estrada a questões tão dramáticas quanto haver pessoas a perder o seu emprego", reagiu Clarence Mitchell.


Os trabalhadores criticam ainda assim a postura do casal "ao lançarem contantemente campanhas que chamam a atenção para o caso e denigrem a imagem da Praia da Luz enquanto destino turístico".


O porta-voz do casal voltou a lamentar o impacto da visita de Gerry McCann, mas fez notar que os pais de Madeleine "não podem deixar de regressar à Praia da Luz, pois foi daqui que a menina desapareceu".


Durante o fim de semana, Gerry McCann acompanhou na Praia da Luz as filmagens de mais um documentário sobre o desaparecimento da filha, desta vez para a cadeia de televisão britânica Channel Four.


Além do documentário, está a decorrer uma campanha com "outdoors", folhetos e "posters", apelando à população da Praia da Luz para que sejam dadas novas informações que levem ao paradeiro da menina.


Os pais de Madeleine, Gerry e Kate McCann, foram constituídos arguidos em Setembro de 2007, antes de serem ilibados em Julho de 2008 por falta de provas para apoiar a hipótese, privilegiada pelo inquérito, de uma morte acidental da menina. A família sempre disse estar convencida de que ela tinha sido raptada.

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