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Radio Viseu Cidade Viriato
sexta-feira, 17 de abril de 2009
"Esquecido" em .......
Um bebé de dois meses ficou durante uma tarde "esquecido" numa farmácia em Mangualde. A mãe foi lá com ele, pediu a uma farmacêutica para ficar um bocadinho com a criança que já voltava, mas acabou por aparecer apenas duas horas depois.
O caos instalou-se quando os farmacêuticos pensaram que o bebé tinha sido abandonado, acabando por chamar a GNR
A mulher chegou ao estabelecimento por volta das 14h40m. Pediu para lhe receitarem umas gotas para as cólicas do filho que estava a chorar intensamente. Uma das funcionárias acabou por pegar na criança para a tentar acalmar. Foi nessa altura que a mãe pediu se o menino podia ficar ali um bocadinho, que ela já voltava.
A progenitora tinha entrado na farmácia com uma amiga, que entretanto já tinha saído.
Duas horas depois de ter deixado o bebé, a mãe ainda não tinha voltado à farmácia. A criança estava muito agitada e foi necessário os funcionários prepararem leite quente para a acalmar.
Como a mãe nunca mais chegava, a hipótese do menino ter sido abandonado começou a ganhar consistência. "Achámos isto tudo muito estranho", contou um dos funcionários A mesma fonte disse, ainda, que após terem conseguido o contacto da mãe, tentaram ligar "para aí umas dez vezes, mas o telemóvel estava desligado". Foi então que decidiram chamar a GNR.
"Ela acabou por aparecer porque alguém conseguiu falar com ela e dizer-lhe que as autoridades tinham sido alertadas e que estariam à procura dela", avançou um dos populares.
A GNR já estava no local há cerca de 40 minutos quando a progenitora chegou. Sem dar explicações plausíveis, disse apenas que se demorou mais do que o previsto.
Perante o alerta feito para a GNR, as autoridades avisaram de imediato os serviços sociais. A mãe acabou por ser acompanhada por uma assistente social e uma psicóloga. As técnicas escusaram-se a fazer qualquer comentário, adiantando apenas que o bebé "se encontrava bem".
A demora de quase três horas por parte da mãe para ir buscar o filho, sem ter sido dada uma explicação válida, é vista como "muito estranha" pelas pessoas que ali estavam a assistir aos acontecimentos. "Se ela não o queria abandonar, houve pelo menos negligência", frisou uma das populares.
Apesar de todo o alarido provocado pelo “abandono” do bebé na farmácia, a situação não resultou em acção criminosa.
"Recebemos uma chamada a dar conta de uma situação que indicava tratar-se do abandono de um bebé. Perante este indício, alertamos os serviços sociais. A mãe acabou por aparecer na farmácia", disse o comandante da GNR de Mangualde, justificando que, desta forma, não há a prática de nenhum crime.
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