A frieza dos números mostra que os preços estão a descer e que a crise convenceu muitos comerciantes que esse pode ser um dos caminhos para resistir à crise.
Comprovou -se que muitos adoptaram já essa solução, mas, também, que a maioria dos consumidores não se apercebe de qualquer quebra.
Cristina Roma, assistente social, disse-nos que nem sequer tem por hábito comparar preços, mas admite que é fácil notar que as pessoas recorrem "mais a marcas brancas, procuram sempre promoções e coisas mais baratas". Mas, garante: "nas lojas de fast food, não vejo descida dos preços."
Maria Fernandes, 48 anos, trabalha numa fábrica têxtil, e também não nota decréscimo dos preços na alimentação e afirma que nem mesmo no vestuário verifica qualquer diferença.
A maior parte dos comerciantes reconhece que o baixar dos preços é a solução para a sobrevivência das lojas. Helena Almeida, 24 anos, vendedora de carteiras e calçado, admite que "todos os bens considerados de luxo, como alguma roupa, sapatos e acessórios vão ter que descer, porque as pessoas não têm necessidade de comprar esse tipo de coisas".
"Uma loja cara hoje, não tem oportunidades de subsistir. As pessoas perguntam os preços e saem. Hoje, por exemplo, vendemos um par de sapatos", revela Helena e acrescenta: "Se continuarmos a vender assim, vamos ter que fechar as portas".
A dificuldade de vender é também realçada por Ana Rita Morais, 35 anos.
"Mesmo com promoções de 50%, e alguns artigos com 70%, não se vende aquilo que seria de esperar", revela.
Cláudia Machado, 20 anos, diz que os preços têm diminuído em certas áreas de vendas. "Cosmética e higiene pessoal, por exemplo, têm um decréscimo bastante acentuado", refere.
Já Natacha Couto, 31 anos, empregada de balcão, tem opinião diferente e diz que "continuamos com uma boa aceitação por parte das pessoas." No entanto, admite que isso se deve a "promoções na compra de quantidade."
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