O presidente da Comissão Europeia, a Espanha, a Itália e a França manifestaram o seu apoio a que seja aprovado um plano europeu para ajudar a Grécia a superar a sua dramática crise de finanças públicas, aumentando a pressão sobre a Alemanha, que continua reticente.
Durão Barroso considera que se a situação se mantiver a estabilidade da zona euro fica ameaçada">
Durão Barroso deu uma entrevista ao jornal alemão Handelsblatt onde pede a Ângela Merkel que se erga acima da política doméstica e dê o seu acordo a um plano de segurança financeira com o objectivo de ajudar a muito endividada Grécia e preservar a união da zona euro. “Não podemos continuar como estamos, pois isso ameaçaria a estabilidade da zona euro e encorajaria a especulação”, disse na entrevista, publicada hoje e citada pela Reuters.
Também a Espanha, que actualmente preside à UE, juntou a sua voz à de Barroso, pedindo a aprovação de um plano de ajuda à Grécia durante a cimeira de líderes europeus marcada para esta semana. “A presidência espanhola vai trabalhar para isso”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros à AFP.
Também hoje, os ministros dos negócios estrangeiros da França e de Itália disseram por seu lado apoiar uma ajuda à Grécia, para o país ultrapassar a sua crise orçamental, distanciando-se assim da Alemanha, que por enquanto recusa qualquer envolvimento. A Alemanha, a França, a Itália e a Espanha são os principais países da zona euro, representando uma grande maioria da sua população e economia.
A Grécia e a Comissão insistem em que os chefes de Estado e de governo dos 27 países da UE adoptem na cimeira de quinta e sexta-feira, em Bruxelas, um mecanismo de ajuda financeira à Grécia, para ser só utilizado em caso de necessidade.
O mecanismo pretendido por Atenas – que pretende ser um sinal para acalmar os mercados – inclui empréstimos de países da zona euro a taxas inferiores às que os gregos têm de pagar actualmente nos mercados.
Alemães hostis ao euro
Segundo a sondagem publicada hoje pelo Financial Times, e que faz a manchete do jornal, uma maioria ligeiramente superior a 60 por cento de alemães opõe-se a que o seu Governo ajude a Grécia. Este é o maior valor obtido na sondagem, que abrange as cinco maiores economias da UE (Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Espanha).
Perto de 40 por cento dos alemães consideram mesmo que o país estaria melhor se saísse do euro, face a cerca de 30 por cento que pensam que não estaria nem melhor nem pior e a outros 30 que pensam que ficaria pior. Na França, Itália e Espanha o apoio à saída do euro é menor que na Alemanha, sendo sempre superado pelos que acham que os seus países ficariam pior.
Por outro lado, 30 por cento dos alemães pensam que se devia pedir à Grécia que deixasse o euro até resolver a situação das suas finanças públicas – valor também superior ao dos outros países considerados.
A ficha técnica da sondagem revela que foi realizada pela Harris Interactive entre 5207 adultos dos 16 aos 64 anos, em França (1067), na Alemanha (1013), na Grã-Bretanha (1123), Espanha (1002) e Itália (1002, dos 18 aos 64 anos).
O Publico
Durão Barroso considera que se a situação se mantiver a estabilidade da zona euro fica ameaçada
A posição da chanceler da Alemanha parece cada vez mais difícil, num dia em que o diário britânico Financial Times divulgou uma sondagem segundo a qual 60 por cento dos alemães se opõe a que o país ajude os gregos a ultrapassar a crise.Durão Barroso deu uma entrevista ao jornal alemão Handelsblatt onde pede a Ângela Merkel que se erga acima da política doméstica e dê o seu acordo a um plano de segurança financeira com o objectivo de ajudar a muito endividada Grécia e preservar a união da zona euro. “Não podemos continuar como estamos, pois isso ameaçaria a estabilidade da zona euro e encorajaria a especulação”, disse na entrevista, publicada hoje e citada pela Reuters.
Também a Espanha, que actualmente preside à UE, juntou a sua voz à de Barroso, pedindo a aprovação de um plano de ajuda à Grécia durante a cimeira de líderes europeus marcada para esta semana. “A presidência espanhola vai trabalhar para isso”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros à AFP.
Também hoje, os ministros dos negócios estrangeiros da França e de Itália disseram por seu lado apoiar uma ajuda à Grécia, para o país ultrapassar a sua crise orçamental, distanciando-se assim da Alemanha, que por enquanto recusa qualquer envolvimento. A Alemanha, a França, a Itália e a Espanha são os principais países da zona euro, representando uma grande maioria da sua população e economia.
A Grécia e a Comissão insistem em que os chefes de Estado e de governo dos 27 países da UE adoptem na cimeira de quinta e sexta-feira, em Bruxelas, um mecanismo de ajuda financeira à Grécia, para ser só utilizado em caso de necessidade.
O mecanismo pretendido por Atenas – que pretende ser um sinal para acalmar os mercados – inclui empréstimos de países da zona euro a taxas inferiores às que os gregos têm de pagar actualmente nos mercados.
Alemães hostis ao euro
Segundo a sondagem publicada hoje pelo Financial Times, e que faz a manchete do jornal, uma maioria ligeiramente superior a 60 por cento de alemães opõe-se a que o seu Governo ajude a Grécia. Este é o maior valor obtido na sondagem, que abrange as cinco maiores economias da UE (Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Espanha).
Perto de 40 por cento dos alemães consideram mesmo que o país estaria melhor se saísse do euro, face a cerca de 30 por cento que pensam que não estaria nem melhor nem pior e a outros 30 que pensam que ficaria pior. Na França, Itália e Espanha o apoio à saída do euro é menor que na Alemanha, sendo sempre superado pelos que acham que os seus países ficariam pior.
Por outro lado, 30 por cento dos alemães pensam que se devia pedir à Grécia que deixasse o euro até resolver a situação das suas finanças públicas – valor também superior ao dos outros países considerados.
A ficha técnica da sondagem revela que foi realizada pela Harris Interactive entre 5207 adultos dos 16 aos 64 anos, em França (1067), na Alemanha (1013), na Grã-Bretanha (1123), Espanha (1002) e Itália (1002, dos 18 aos 64 anos).
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