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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Veículo colidiu com camião, galgou separador e parou num campo...

21 feridos em acidente grave de autocarro na A1
Motorista do autocarro terá ficado encarcerado

Dois feridos graves e 19 feridos ligeiros são o resultado do acidente que envolveu, esta quarta-feira, na Auto-estrada do Norte (A1), em Aveiras de Cima, um autocarro da Renex, que fazia a ligação Arco de Valdevez-Lisboa, e um camião.


O acidente terá ocorrido cerca das 20.08 horas, quando o autocarro que seguia na A1, no sentido norte-sul, embateu num camião. O veículo da Renex atravessou depois o separador central da A1, cruzou todo o sentido contrário, sul-norte, perto da área de serviço de Aveiras de Cima, galgou o separador lateral, indo ter a uma estrada municipal. O veículo só parou numa zona de pasto e, apesar da trajectória, acabou por ficar de pé.


Segundo Raquel Ramos, porta--voz do INEM, uma passageira sofreu um traumatismo craniano grave e foi a primeira a ser retirada do local. "A vítima foi transportada para o Hospital de São José [Lisboa]", disse. Ao fecho da edição, a mulher encontrava-se em estado bastante grave e com prognóstico muito reservado.


O motorista do autocarro, Carlos Silva, ficou encarcerado. Foi o último ferido a ser retirado do veículo. "Apresentava traumatismos nos membros inferiores e foi levado para o Hospital São Francisco Xavier [Lisboa]", explicou Raquel Ramos.


Por apresentarem apenas diversas escoriações e pequenos traumatismos, 11 feridos ligeiros acabaram por ser encaminhados para os hospitais de Santarém e de Vila Franca de Xira. Com algumas lesões, mas sem necessidade de tratamento hospitalar, oito vítimas foram levadas para o Pavilhão Desportivo em Vale do Paraíso, em Aveiras de Baixo, onde receberam apoio psicológico, tal como outros oito passageiros que não sofreram ferimentos.


As equipas de investigação criminal da GNR estiveram no local para recolher indícios que possam levar a perceber o que causou o incidente. "Os primeiros dados confirmam uma colisão do autocarro com o pesado", admitiu o tenente da GNR João Amorim, não descartando a possibilidade de o motorista se ter deixado adormecer.


Albino Gomes da Silva, director da Renex, adiantou que o autocarro partiu de Arco de Valdevez, pelas 14.30 horas, com destino a Lisboa. Com uma paragem no Porto, onde entrou a maioria dos passageiros, dali saiu às 17 horas, após a troca de motoristas. "O alerta para o acidente foi dado por uma passageira que ligou para o marido, que a aguardava em Lisboa, e que chamou as autoridades", explicou o responsável, garantindo ter tentado contactar, insistentemente, o motorista, Carlos Silva. "Liguei-lhe para o telemóvel, mas depois tivemos a indicação de que ele estava encarcerado", acrescentou.


Oriundo de Ovar e funcionário da Transdev - empresa que, além de assegurar a manutenção do Metro do Porto, mantém uma parceria não só com a Renex, como com a Rede de Expressos -, Carlos Silva permanecia internado na unidade de São Francisco de Xavier.


Duas equipas de psicólogos do INEM mantiveram-se no local integrados num gabinete de crise montado pelas autoridades, para apoiar as vítimas. "Quando chegámos, encontrámos as pessoas muito assustadas, com pouca informação do que realmente se tinha passado. Receberam o apoio necessário para que não desenvolvam um stresse pós-traumático", salientou Márcio Pereira, um dos psicólogos.


O autocarro acidentado é propriedade da Caima Transportes, de Oliveira de Azeméis, estando ao serviço da Renex, empresa que desde 1990 assegura a ligação rodoviária entre as duas principais cidades portuguesas.


Na sede da empresa, no Campo dos Mártires da Pátria, no Porto, a meio da noite, a consternação era geral, os funcionários a choravam - "foi o primeiro acidente em muitos anos", disse uma das trabalhadoras - e recebiam chamadas constantes de familiares dos passageiros, ora de Lisboa ora do Norte do país. Já na capital, na estação da Gare do Oriente, no Parque das Nações, várias pessoas acorreram ali para obter informações acerca os familiares.


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