A alegada violação de uma rapariga na mata de Fontelo está a preocupar a Câmara de Viseu. O seu presidente, Fernando Ruas, exige mais policiamento. E admite propor um Contrato Local de Segurança para aquela zona.
"Não é possível assegurar um policiamento à altura, naquela e noutras áreas, quando se sabe que a PSP tem 60 a 80 efectivos a menos do que prevê o respectivo quadro de pessoal", avisa Fernando Ruas. O presidente da Câmara Municipal de Viseu (CMV) admite propor ao Ministério da Administração Interna (MAI) o estabelecimento de um segundo Contrato Local de Segurança (CLS), idêntico ao que foi criado para o Centro Histórico, como forma de garantir que a segurança naquele espaço verde está assegurada.
O autarca recusa que o policiamento na mata de Fontelo, radial de Santiago, ecopista ou zonas de lazer semelhantes, possa ser materializado pelo corpo de Polícia Municipal constituído por duas dezenas de agentes. "A Polícia Municipal não foi criada para libertar a PSP ou substituir nas competências que lhe estão atribuídas", avisou.
A mata de Fontelo está aberta ao trânsito automóvel entre as 8 e as 21 horas. A partir desse período, as operações policiais só podem ser feitas a pé.
"Os polícias não podem assegurar o policiamento nocturno sem um carro. Seria um erro. Por outro lado, há zonas tão escondidas, como é natural num espaço destes, que o melhor é as pessoas não irem para lá sozinhas", avisa Artur Pais, um dos frequentadores.
Os espaços apontados como potencialmente perigosos são as que se localizam nas proximidades dos desactivados parque de campismo e canil municipal. "Nesse local, a caminho de Gumirães, há ainda uma capela em ruínas que serve de esconderijo a alguns grupos. É uma zona perigosa", corrobora José Gonçalves.
Muito procurada por centenas de crianças e jovens, é a partir das 17 horas que o parque se enche de desportistas. Como foi o caso da jovem, de 16 anos, que na quinta--feira alega ter sido violada por dois homens, quando corria.
A falta de mais casas de banho dentro da mata, para além da que funciona junto ao café, é outra queixa de alguns frequentadores. Fernando Ruas justifica a lacuna com o investimento que teria de ser feito na contratação de pelo menos três funcionários, para garantir outros tantos turnos.
O autarca admite espalhar cartazes a aconselhar as pessoas a andarem em grupo e a tomar outras medidas preventivas.
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