Os clientes da Fiat que precisem de assistência deixaram, a partir de ontem, de ter resposta em Viseu. O concessionário fechou, devido à crise, e agora só podem recorrer a Coimbra, Aveiro ou Guarda. Cerca de 40 pessoas ficaram sem trabalho.
Ontem, durante todo o dia, enquanto os trabalhadores corriam para a delegação de Viseu do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) com as cartas de despedimento na mão, na esperança de terem acesso rápido ao subsídio de desemprego, pela sede da Comervisauto, em Abraveses, iam passando clientes preocupados.
"Têm aqui o número de apoio ao cliente. Pelos vistos, a empresa fechou mesmo e vamos ficar sem assistência no distrito", comentava, desalentado, Artur Costa, cliente da Comervisauto-Comércio e Reparações de Automóveis, SA, a empresa que desde 1985 detinha em Viseu a concessão da marca italiana.
Contactado o serviço de apoio ao cliente da Fiat Group Automobiles, Portugal, SA, uma fonte admitiu que a situação "apanhou toda a gente de surpresa" e a solução que está a ser aconselhada aos clientes "é contactarem os concessionários dos distritos vizinhos". A mesma fonte revelou que a Fiat está a desenvolver esforços "para encontrar uma solução tão breve quanto possível". Para a próxima semana, acrescenta, "poderá haver notícias mais concretas.
Um quadro da Comervisauto confirmou ontem que o desemprego bateu à porta de quase 40 trabalhadores dos diferentes serviços, desde os stands de carros novos e usados, até às oficinas e estação de serviço.
"Com dois meses de salários em atraso, entre outras remunerações, a empresa optou por avançar com o pedido de insolvência. A situação foi tornada pública ao final da tarde de sexta-feira, embora os efeitos do encerramento só hoje [ontem] se tenham feito sentir", acrescentou o trabalhador.
"Os patrões não quiseram prejudicar-nos e aceleraram o processo no sentido de que pudéssemos recorrer ao subsídio de desemprego", relatou a fonte.
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