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Radio Viseu Cidade Viriato

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Chamada à morgue do hospital para identificar marido...


Um problema de hemorróidas levou António Lopes, 45 anos, residente em Mangualde, ao Hospital de São Teotónio, em Viseu, onde acabou por ficar internado.

No dia seguinte, bem cedo, Piedade Lopes, ligou para o hospital para saber notícias do marido tendo sido informado que este tinha sido operado. Disseram-lhe, no entanto, para telefonar umas horas depois para receber mais informações. Voltou a fazê-lo, mas foi informada que o marido ainda não tinha acordado e não poderia receber visitas.

Os contactos sucederam-se ao longo do dia, mas nada de novo lhe era adiantado. “Insisti e diziam-me sempre que ele não tinha acordado e que eu não podia vê-lo.

No dia seguinte, deram-me a mesma resposta e ameacei que, nem que fosse à força, iria entrar no hospital para ver o que se passava”, referiu. Duas horas depois, porém, Piedade Lopes recebeu um telefonema do hospital, informando-a da morte do marido e com o pedido para se dirigir à morgue da instituição para identificar o corpo.

“Uma senhora disse que o meu marido tinha falecido e que eu deveria ir reconhecer o corpo, pois havia lá muitos mortos”, recorda.

Chegada ao local, verificou que um dos corpos tinha o mesmo nome do seu marido, António Lopes, com a particularidade, todavia, de se tratar de um homem com 88 anos - mais 43 que o marido. Assustada, observou todos os cadáveres com o objectivo de verificar se algum era do marido – e não era.

Ao sair da morgue, transtornada, foi interceptada por um segurança que a informou que o seu marido estava, afinal, no serviço de urgências – e vivo -, sentado numa cadeira, e sem ter sido operado.

Tanto a Direcção do hospital, como o Gabinete de Relações Públicas, dizem desconhecer este caso insólito, adiantando que, caso queira, a senhora pode apresentar queixa no Gabinete do Utente.



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