Um homem foi morto, esta madrugada, em Porto de Mós, alegadamente pelo proprietário de um armazém de materiais de construção, na sequência de uma tentativa de assalto, disse à Lusa fonte da GNR de Leiria.
Segundo a mesma fonte, «foi recebida às 2h25 uma chamada telefónica», contando «que uma série de indivíduos estava a assaltar um armazém de materiais de construção», em Chão da Feira, Calvaria de Cima.
«A GNR mobilizou uma série de recursos e detivemos um dos suspeitos», explicou a mesma fonte, esclarecendo que o homem já estava «com algemas» quando «o proprietário do estabelecimento desferiu um disparo com uma caçadeira contra o detido», provocando-lhe a «morte imediata».
De acordo com este responsável, o empresário, de 56 anos, foi detido e vai ser presente esta manhã ao juiz de instrução criminal do Tribunal Judicial de Porto de Mós.
Na sequência do disparo, um militar da GNR ficou ferido ligeiramente num braço, tendo sido transportado para o Hospital de Santo André, em Leiria.
Esta fonte esclareceu que a vítima mortal, «residente do concelho de Porto de Mós, tem 41 anos e estava referenciado pela GNR por actividades ilícitas relacionadas com droga e furtos, tinha antecedentes criminais e tinha acabado de sair da prisão».
Segundo a GNR, o móbil do assalto era «furto de gasóleo», mas não se terá concretizado devido à intervenção policial.
A investigação está agora a cargo do Departamento de Investigação Criminal de Leiria da Polícia Judiciária.
Atirador é administrador de clube de futebol
O alegado autor do crime é o empresário António Bastos, proprietário da Madiver, empresa que foi objecto da tentativa de assalto, e administrador da SAD da União de Leiria.
Um outro administrador da SAD, Mário Cruz, adiantou à Lusa que esteve de manhã com António Bastos no posto da GNR de Porto de Mós, até ao momento em que foi transferido para a Polícia Judiciária.
«Fui-lhe prestar solidariedade e espero que, dentro dos possíveis, as coisas se possam clarificar e resolver da melhor maneira», declarou, acrescentando que o suspeito, que tem três filhos, se encontrava «tranquilo» e lhe transmitiu que «o tiro foi acidental».
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