O suspeito de ter assassinado o marido da adversária do PSD na freguesia de Ermelo ficou em prisão preventiva, depois de ter sido ouvido, esta quarta-feira de manhã, no Tribunal de Mondim de Basto, noticia a Lusa.
O suspeito chegou ao tribunal às 09:00 e saiu às 13:30. À saída, o ex-candidato do PS, António Cunha, ouviu centenas de populares a gritarem «ladrão» e «assassino».
Em torno do tribunal, a GNR de Mondim de Basto montou um forte dispositivo de segurança, sendo que algumas estradas foram cortadas ao trânsito.
À porta do Tribunal de Mondim de Basto juntaram-se duas centenas de pessoas, entre os quais familiares da vítima. Um habitante de Ermelo revelou à Lusa que um dia antes das eleições, António Cunha e outros dois elementos foram a sua casa ameaçá-la de morte.
«Quero que se faça justiça e que ele seja condenado», disse a viúva e presidente da Junta de Ermelo, Glória Nunes.
«Isto era uma rede muito bem montada, vinha de há muito tempo». O meu pai queria o bem do povo, mas foi morto pelo poder.Há um clima de revolta e tristeza, o meu pai faz muita falta ao povo», acrescentou o filho da vítima.
O ex-candidato socialista, António Cunha, entregou-se voluntariamente às autoridades na terça-feira.
A GNR descreve que o suspeito disparou, alegadamente, um tiro de caçadeira que atingiu mortalmente a vítima na cabeça, no domingo, por volta das 07:00, na mesa de voto de Fervença, na Freguesia de Ermelo.
A vítima, Maximino Clemente, tinha 57 anos e era marido da presidente da Junta de Freguesia de Ermelo, a social-democrata Glória Nunes. Maximino Clemente também integrava a lista do PSD à Assembleia Municipal de Mondim de Basto.
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